Assim, não há primeira oportunidade, rumou-se ao Gerês para bater o pó das botas e gastar um pouco mais o bastão. A volta a dar seria já conhecida... começar no Arado, subir a Giesteira, Coriscada, Arrocela, Cando e Rocalva. Chegados ao local de partida, o vento frio já fazia lembrar os dias do Inverno passado e aqui e ali, o gelo ia resistindo às investidas de uma Primavera que tarda mas que indubitavelmente haverá de chegar e tomar o seu devido lugar até aos efémeros dias de Junho.
À medida que o altímetro ia-se tornando gente, o frio também aumentava e o gelo engrandecia-se na nossa tomada de decisão sobre o percurso a seguir; no imenso Vale da Giesteira um pequeno deslize pode, em certas zonas, significar uma visita às suas profundezas para os mais incautos. Caminhava-se a bom ritmo e foi nesta altura que surge a surpresa da neve que ia caindo ora agitada pelo vento, ora monotonamente obliterando-se no esquecimento num encontro mais aguerrido com o chão. Após uma ou outra passagem mais corajosa, chegamos ao Curral de Arrocela e daqui seguimos, entrando pouco depois nos fundos do vale de Rio Conho em direcção ao Cando guardado pela Roca Negra. Aqui, a neve em forma de um leva granizado foi-se tornando por momentos mais intensa, indo enfraquecendo até à chegada à Rocalva cuja cabana nos serviu de porto de abrigo por uns minutos enquanto o vento e a neve pesada iam fazendo das suas lá fora.
Daqui a ideia era seguir pelo Borrageiro, mas decidimos descer pela Corga do Arieiro numa chegada mais rápida a Teixeira. De Teixeira ao Arado, foi um pulinho...
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