O que se tem quando se junto um presidente de câmara pequeno com um comandante de bombeiros que tresanda a ignorância e não compreende o seu verdadeiro sentido? Uma tourada de beneficência em Barcelos da qual sabemos agora que os bombeiros voluntários receberão 20% daquele dinheiro untado em sangue de animais inocentes.
Para Barcelos e para o Minho este foi um dia de infâmia! Porém, talvez o voltar da maré num novo paradigma da protecção animal em Portugal e o confirmar do estertor final da tauromafia que disfarçada de beneficência, suposta cultura e de uma tradição que não é a nossa, tem espalhado os seus viscosos tentáculos em busca de presas ignorantes e necessitadas de dinheiro... tal como aconteceu em Barcelos. A tourada podia ser evitada? Podia! Bastava a vontade de um só homem mas este homem de tão pequenino que é, nunca podia ter uma vontade tão grande e nobre. Sobre estas duas personagens tristes desta história não vale a pena mais falar, até porque é perder tempo falar sobre gente que não está ao mesmo nível intelectual no qual me encontro!
Falo sim daqueles que foram grandes perante a ignomínia que ocorria perante os nossos olhos. Ali, entre lantejoulas e cabelos arranjados para ir à missa, ali entre os palhaços tristes das lezírias de um circo podre de vaidades e frustrações retraídas, ali perante a ignorância monumental, os que protestaram foram grandes, enormes numa superioridade moral inabalável perante os ratos e as maretrizes que levavam os seus filhos de colo para a maior vergonha que alguma vez o ser humano pode criar mesmo a coberto do pasquim barcelense que deu voz à tortura mas quis silenciar um grito de revolta demasiado alto.
Para finalizar, um capacete brilhante não faz de ti um bombeiro!
Fotografia: TVI
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