A Mata do Cabril está localizada na zona central Norte do Parque Nacional da Peneda-Gerês, compreendendo as freguesias do Lindoso (Ponte da Barca) e Campo do Gerês (Terras de Bouro). Insere-se na bacia hidrográfica do Rio Cabril, afluente do Rio Lima, e inclui a Ribeira de Gramelas e a Ribeira do Altar, afluentes do Rio Homem.
A Mata do Cabril inicia-se na confluência do Regato da Sardeira, seguindo depois pela linha de festo na margem Lindoso-Louriça, contornando a zona do posto retransmissor do Muro em direcção ao limite concelhio, inflectindo depois para Este descendo o Ribeiro do Altar até ao Rio Homem. Segue pela margem direita para montante até à ponte romana de S. Miguel e desta até à fronteira contornando-a até ao Rio dos Madornos, afluente do Rio Cabril, ligando por este ao ponto inicial
A Mata do Cabril possuí um carvalhal dominado por Carvalho-alvarinho que possui uma notável afinidade florística com a associação Myrtilleto-Quercetum broteroanea, agrupamento que caracteriza a vegetação climática da Serra do Gerês. A mata é também rica noutras espécies de flora e fauna.
O que é que se terá perdido com o incêndio? Terá a Mata do Cabril desaparecido? É esta uma verdade inconveniente? A verdade é que desde que o Incêndio de Vilarinho da Furna deflagrou no dia 7 de Agosto, que se falava em evitar que pudesse atingir a Mata do Cabril. Dias mais tarde do Secretário de Estado do Ambiente veio-nos falar de que já no passado um incêndio havia atingido a Mata do ramiscal e que esta se havia recomposto. A verdade é que esta profunda igorância que assombra de forma endémica os membros do governo os impede de compreender que o Rio Ramiscal é nesta altura um rio morto em consequência desse incêndio e que o seu equilíbio ecológico ainda não foi restabelecido vários anos após a catástrofe. O comentário do secretário de estado era já um preparar da opinião pública sobre a inevitabilidade do que estava para acontecer com um incêndio a percorrer toda a cumeada da Serra Amarela e a entrar na Mata do Cabril.
Obrigado Rui por tocares na ferida aberta do Ramiscal!!!admiro a tua sensatez e coragem!
ResponderEliminarAgraço,
João Dias