Carris, 29 de Abril de 2006
...não consigo acordar, acordar do meu melhor pesadelo...
Aconteceu de novo... por entre o findar dos dias e as trevas da noite...
...por entre as memórias de outros tempos...
...mergulhado em mágoas dos intermináveis dias.
Percorremos trilhos e vales...
...para apenas nos despedirmos...
Fechar os olhos e num momento...
...deixar-nos flutuar pelo luar...
Outros dias virão, dias de um passado que nunca foi um futuro...
...iremos caminhar envoltos na escuridão das eras...
...teremos como abrigo as ruínas do passado...
...confortados pelas memórias de outrora e pelas lágrimas que correm...
Lentamente desaparecemos por detrás dos véus da memória...
Esquecemos as esperanças abandonadas...
...a dor e o prazer de um pecado mortal...
...pressinto algo na noite, uma floresta que suspira o meu nome...
Procuramos o conforto na silhueta das montanhas...
...sentir o frio...
...olhar o fogo, as estrelas e as sombras que dançam...
Fechar os olhos e libertar a alma da miséria dos tempos...
...continuar a caminhar... abrir os braços... saltar, voar...
Fotografia: © Rui C. Barbosa
Bonito...muito bonito:)
ResponderEliminarAbraço montanheiro