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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cidadelha

Cidadelha, 28 de Outubro de 2007

Na Serra do Gerês foram várias as concessões mineiras atribuídas a quando da descoberta de volfrâmio na zona dos Carris, nomeadamente no Salto do Lobo. Na altura deu-se uma verdadeira corria às concessões e a zona da Cidadelha foi uma delas.

Situada no início da Corga da Arrocela, a Cidadelha é um pico que atinge os 1467 metros de altitude. Para lá da Torrinheira (1456 metros), encontra-se ao lado do trilho que liga os Prados da Messe e o maciço granítico do Borrageiro 1º, já muito proximo das Minas dos Borrageiro (ou Borrageiras como era designado a quando da sua exploração no início do século passado).

Apesar de se encontrar num local isolado, surgiram por vezes sugestões de que ali poderia haver algum tipo de construção antiga devido à designação do local.

Os éditos de concessão para a zona de Cidadelha foram pela primeira vez solicitados pela Sociedade Mineira dos Castelos, Limitada, a 22 de Julho de 1941 e foram atribuídos a 9 de Maio de 1947 (Processo 1:280-B e Registo n.º 19).

Mais recentemente, nos anos 70, foram feitas novas sondagens tendo em vista a criação de um complexo mineiro que iria abranger as Minas dos Carris, Cidadelha, Arrocela e as Minas do Borrageiro, com a criação de uma estrada a ligar estas zonas através da Serra do Gerês.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

8 comentários:

  1. Ali tão perto, todavia inalcançáveis.

    Pois como tinha sido publicado no post anterior era intenção, por parte do grupo, uma caminhada entre a Portela do Homem e as Minas dos Carris, através do estradão de acesso às mesmas. Mas como já circulava pela net que era necessário uma autorização decidiu-se pedir a mesma.

    Foi assim enviado um email à sede do PNPG, em Braga.
    Como uma resposta pela mesma via tardava em chegar fez-se então um contacto telefónico onde, depois de transferidos para as informações, fomos logo informados por uma senhora que não estavam a autorizar caminhadas aos Carris.

    Como insistimos um pouco ligaram-nos então a uma 'técnica' que foi bastante cordial e cooperante mas insistiu no mesmo.
    Como é uma zona protegida não é permitido o acesso de pessoas, é um local perigoso devido aos buracos. É tb. uma situação que lhes tem causado problemas e tudo estará para ser resolvido, ou não, numa tal de revisão de uma lei que está ou estará a consulta pública durante este ou o próximo ano.

    Tentou-se ainda indagar se seria possível fazer tal caminhada com alguém previamente autorizado, com um seguro de grupo, etc. mas a resposta continuou negativa.
    Deram-nos assim como alternativa o trilho Vale da Teixeira -» Portela do Leonte que tb. carece de autorização e aconselhou a companhia de um guia ou o PR3 - Trilho homologado dos Currais sem qualquer necessidade de autorização (visto sermos um grupo não organizado) ou guia.

    Não fazemos ideia que tipo de controlo possam fazer mas não estamos muito na disposição de arriscar e desrespeitar a lei com um grupo de dúzia e meia.

    Gostaríamos, no entanto, de ler os Vossos comentários.
    Entretanto caso saibam de algo que possa ser feito, a nível de blogosfera, para pressionar avisem p.f. pois gostaríamos de participar.

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  2. o geres e o sitio mais lindo que existe em portugal

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  3. Já tive a oportunidade de «falar» com o Rebelo acerca de este assunto e referi-lhe que continuo a não compreender a posição do PNPG.

    Continua-se a ter uma posição proibicionista em relação a certas zonas do nosso único parque nacional numa postura quase pidesca e desnecessário. Proíbe-se porque sim! Sem explicar porquê e dando-se desculpas infantis como é o caso dos buracos das minas (aliás, parece ser este o novo argumento pios até agora nunca tinha visto ninguém preocupado com este ponto).

    Penso que assim não vamos lá! Convém no entanto dizer que a minha área académica não está minimamente relacionada com a Biologia ou com alguma outra área dentro da protecção ambiental e que por isso posso ser mesmo muito burro nas opiniões que emito à vista dos Doutores que polulam nas secretarias do Parque Nacional. No entanto não admito que me tomem por estúpido, parvo ou saloio.

    Sinceramente acho que a situação está a atingir um limite do ridículo principalmente impulsionadas por pessoas que passam a vida a aquecer cadeiras... coisa que sinceramente no Verão não faz muito bem às peles mais sensíveis...

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  4. Imaginem então o potencial de restrições quando integrado numa rede pan-park...

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  5. Viva Miguel!

    Que tipo de restrições poderemos nós esperar?

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  6. Viva. Vejam as FAQs no site dos pan parks pan-parks

    Os meus argumentos para justificar a afirmação do post anterior:
    a filosofia dos pan-parks estipula que deverá existir em cada parque da rede um núcleo com regras de acesso restrito e uma delimitação muito forte do que se pode ou não fazer nesse espaço.

    Em princípio não tenho nada contra um planeamento assente nestes princípios.

    No entanto, acrescente-se a isto a arrogância histórica do PNPG no absurdo da interdição pela interdição e teremos um gerês ainda mais blindado.

    Miguel.

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  7. Nem mais Miguel, tens toda a razão. Infelizmente, é sintomática a maneira de pensar do PNPG. Proíbe-se porquê?... porque sim...

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