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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Alguns edifícios das Minas dos Carris (III)

Carris, 1948

Quando iniciei este blogue um dos meus principais objectivos era (e é) o de preservar a memória das Minas dos Carris. Quando me referio a preservar a memória, não me refiro somente à História das Minas dos Carris (isto é quando foi iniciada a sua exploração, datas de concessões e construções, alterações de empresas, etc.), interessa-me também a memória das centenas de pessoas que por lá passaram. São estas memórias que nos ajudam a entender melhor um período da nossa História contenporânea que por vezes se deixa esquecer.

Aos poucos este blogue vai descobrindo a História das Minas dos Carris e a história (e estórias) de muitas pessoas que por lá passaram. Tal como referi, é este um dos objectivos do blogue... não deixar esquecer e ajudar a relembrar algo que faz parte da nossa memória colectiva como país, pois um país que não preserva a sua memória é um país condenado ele próprio ao esquecimento.

O leitor Artur Batista enviou-me algumas das suas memórias sobre as Minas dos Carris e de quando criança percorria as suas casas e ruelas. Juntamente com o seu email enviou-me uma fotografia datada de 1948 que deverá ser das raras imagens que nos mostram o edifício que então estava reservado para o pessoal superior da mina.

É sem dúvida um documento único que merece aqui ser reproduzido com a sua autorização.

Fotografia © Artur Batista / Edição: Rui C. Barbosa

Procurando a História...

Carris, 8 de Maio de 1994

O dia 30 de Agosto de 2007 foi um dia importante para o trabalho que estou a levar a cabo sobre a História das Minas dos Carris. Neste dia tive a oportunidade de conversar com um dos primeiros trabalhadores das minas e realmente as suas estórias são impressionantes. Relatam um tempo de há 60 anos atrás onde os trabalhadores eram escolhidos pelo seu mérito e onde o salário era de... 15$00! São estórias de um tempo onde o horário de trabalho na mina era de 10 horas por dia, onde a alimentação era má e onde as condições de vida eram muito pobres... São estórias da História do nosso Portugal...

Depois ao chegar a casa foi a surpresa de um email vindo de muito longe e que me trouxe a memória de alguém que em criança passou vários dias nos Carris... Uma memória que vai merecer uma atenção especial numa outra entrada neste blogue...

Fotografia © Rui C. Barbosa

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Alguns edifícios das Minas dos Carris (II)

Carris, 6 de Agosto de 2006

A imagem que aqui se apresenta mostra parte do plano inicial das construções a serem erguidas na concessão do Salto do Labo das Minas dos Carris. O projecto para estas casas foi entregue pela Sociedade Mineira dos Castelos, Lda a 2 de Março de 1944 e terão sido as primeiras grandes construções levadas a cabo nos Carris.

Fotografia © Rui C. Barbosa

© (Não está permitida a reprodução deste documento) / Edição: Rui C. Barbosa

terça-feira, 28 de agosto de 2007

A saliva do lobo...

Carris, 8 de Maio de 1994

Sem dúvida que por vezes surgem coincidências que nos deixam espantados e nos levam a formar um sorriso.

Peter Woulfe (1727 - 1803), químico e mineralogista irlandês, foi o primeiro a prever a existência do volfrâmio (tungsténio) em 1779. Woulfe baptizou assim este metal com o nome "wolfram", que literalmente significa "saliva do lobo". Na Serra do Gerês o volfrâmio foi pela primeira vez explorado... no Salto do Lobo! Digam lá se isto não é uma bela coincidência?...

Fotografia © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Alguns edifícios das Minas dos Carris

Carris, 20 de Dezembro de 2005

Ao chegar às Minas dos Carris a característica que mais nos impressiona é o estado no qual se encontram os edifícios que constituíam uma verdadeira aldeia mineira na Serra do Gerês. Ao caminharmos por entre as ruínas podemos tentar adivinhar qual a função de cada edifício, mas as paredes nuas que lá existem tornam esse exercício muito difícil.


Mesmo antes de passarmos pelo pequeno muro que marca o limite das minas deparamos com vários edifícios dos quais sobressaem quatro casas situadas à nossa esquerda numa pequena não muito longe do marco geodésico de Carris a 1506 metros de altitude. Estas quatro casas possuíam duas divisões que seriam ocupadas por pessoal superior da mina. De notar que estas quatro casas não surgem no plano original de construção de edifícios nas Minas dos Carris apresentado pela Sociedade Mineira dos Castelos, Lda., tendo provavelmente sido construídas mais tarde. As últimas referências mostram que estas casas foram ocupadas pela última vez nos anos 70.

Abaixo destas quatro casas e ligeiramente para a direita encontra-se um edifício que era um dormitório. O plano original apontava para um edifício no qual estariam incluídos o dormitório e refeitórios. Provavelmente este plano terá sido alterado, construindo-se separadamente um dormitório para os mineiros e um pouco mais afastado um refeitório. Este refeitório será o grande edifício de pedra que encontramos do lado esquerdo após passar o limite marcado pelos dois pequenos muros no final do caminho até aos Carris. Em frente ao refeitório foi inicialmente construído um bloco de casas para casais. Era composto por nove compartimentos, sendo sete quartos, uma sala de estar comum e um balneário comum. Mais tarde terão sido construídos dois anexos a este último edifício e nos quais funcionaria uma espécie de oficina mecânica.

Aspecto do interior do edifício destinado aos casais. É agora difícil de imaginar que este edifício estava dividido em vários compartimentos (27 de Janeiro de 2007).

O interior da cantina (27 de Janeiro de 2007).

Passando estes edifícios e dirigindo-nos em direcção ao chamado Penedo da Saudade, encontramos uma nova série de construções. À nossa esquerda surge um edifício nos quais funcionavam escritórios e uma pequena cantina. Era neste edifício onde se faria a entrega e o depósito de minério, sendo composto por uma arrecadação, um gabinete técnico, dois escritórios, uma secção para a entrega do minério e uma outra para o seu depósito. Neste edifício estava também localizado o gabinete da administração das minas, uma cantina e um escritório da cantina. Por detrás deste edifício localizavam-se oficinas e uma enfermaria composta por um hall de entrada, um pequeno quarto e um quarto maior de para serviços de enfermagem. Estes edifícios ajudam hoje a formar o que muitos designam como a 'avenida principal dos Carris'.

O antigo edifício onde estavam os escritórios e uma pequena cantina (19 de Maio de 2007).

Ao longo desta 'avenida' existiam novos edifícios sendo na altura a casa de habitação para o pessoal superior da mina no qual estava incluída uma cozinha exterior, casas de habitação e um armazém (imagem inicial desta entrada no blogue). A casa de habitação para o pessoal superior da mina era composta por sete quartos, sendo um deles de maior dimensão, uma sala de jantar e uma varanda exterior. A cozinha era ligada a este edifício e era composta por uma despensa e pela cozinha propriamente dita. Não muito afastado deste edifício existia ainda um balneário com quatro chuveiros e... retretes!

O que resta dos balneários das Minas dos Carris (18 de Março de 2007).

Do edifício para o pessoal superior da mina hoje somente restam as fundações e a cozinha que na imagem está localizada no centro à direita do edifício dos escritórios. Ao lado deste vê-se o pequeno edifício que servia de oficina (19 de Julho de 2007).

Fotografias © Rui C. Barbosa

domingo, 26 de agosto de 2007

Outros lugares de Carris (XXI)

Carris, 18 de Agosto de 2007

...projecção...

Fotografia © Rui C. Barbosa

Salto do Lobo

Carris, Julho de 1941

A exploração mineira nos Carris tem início com a descoberta à superfície de depósitos de volfrâmio no Verão de 1941. Essa descoberta dá-se no Salto do Lobo, uma zona peculiar não longe do marco geodésico denominado Carris (lá se vai a teoria de que o local se chama Carris devido... aos carris das minas).

A paisagem local mudou nos últimos 60 anos mas esta fotografia dá-nos uma ideia de como era o Salto do Lobo em Julho de 1941.

© (Não está permitida a reprodução deste documento) / Edição: Rui C. Barbosa

sábado, 25 de agosto de 2007

Outros olhares sobre Carris...

Carris, num passado recente...

O leitor Agostinho Costa enviou-me três fotografias obtidas nas Minas dos Carris. Para muitos serão apenas imagens repetidas neste blogue, mas para mim são outros olhares sobre Carris que transmitiram (e transmitem) ao autor sentimentos únicos em momentos únicos...

Fotografias © Agostinho Costa

Novas memórias do passado...

Carris, 20 de Outubro de 1941

Em Outubro de 1941 o jornal 'O Comércio do Porto' editou uma série de reportagens relacionadas com a Serra do Gerês, prestes a fazer parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Uma dessas reportagens estava relacionada com as Minas dos Carris e é acompanhada de duas fotografias. Apeaar da má qualidade das mesmas, penso que constituem dois documentos visuais interessantes que nos ajudam a ter uma ideia da arquitectura das ruínas que na actualidade observamos nos Carris.

A primeira fotografia (que faz a ilustração inicial desta entrada no blogue) mostra o jornalista Luís Humberto acompanhado pelo responsável do levantamento das ruínas da mina áquela data, Dr. A. Scheneider-Scherbino. Esta fotografia mostra dois aspectos interessantes: o primeiro é o facto de podermos ver por cima do ombro direito do Dr. Scheneider-Scherbino o verdadeiro aspecto de um dos edifícos dos quais hoje somente restam três paredes e que na altura servia como oficina e armazém; o segundo aspecto interessante desta fotografia é a quantidade de troncos de madeira que se encontram amontoados por detrás dos dois homens.

A segunda fotografia desta entrada no blogue deverá ser única pelo facto de nos mostrar parte da lavandaria de minério. Este deverá ter sido um dos edifícios de maior volumetria existentes nas Minas dos Carris e na imagem pode-se facilmente distinguir parte do telhado desse edifício. Outro aspecto interessante é a quantidade de escombro já existente na Corga de Lamalonga e que ainda hoje caracteriza aquela paisagem na Serra do Gerês.

Fotografias © 'O Comércio do Porto' / Edição: Rui C. Barbosa

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Notas históricas (VI) - A primeira fotografia...

Carris, 1941

Esta será a primeira fotografia obtida do Salto do Lobo, local onde mais tarde seria criada a concessão mineira 2234 com o mesmo nome.

Na fotografia estão assinalados (da esquerda para a direita): Lama da Carvoeira ou da Carvoeinha (b); desnível no fundo da Lama da Cavoeirinha, em parede de rocha aprumada, onde começa a Corga do Salto do Lobo (c); Corga da Carvoeirinha (a).

© (Não está permitida a reprodução deste documento)

Notas históricas (V) - Como tudo terminou...

Lisboa, 7 de Outubro de 1992

Os últimos anos de concessão das explorações mineiras em Carris assistiram ao abandono gradual das instalações e à saída do último guarda. Finalmente, a 7 de Outubro de 1992 e por despacho de Alcides Rodrigues Pereira, da Direcção-Geral de Geologia e Minas, eram extintas as concessões mineiras de Salto do Lobo, Corga das Negras n.º 1, Castanheiro e Lamalonga n.º 1.

© (Não está permitida a reprodução deste documento)

Notas históricas (IV) - Como tudo começou...

Montalegre, 24 de Junho de 1941

A História das Minas dos Carris vai-se escrevendo aos poucos. É imensa a importância histórica do documento aqui reproduzido. Este mostra o primeiro pedido de registo da área onde posteriormente estaria localizada a concessão mineira do Salto do Lobo nas Minas dos Carris.

© (Não está permitida a reprodução deste documento)

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Notas históricas (III)

Carris, ...em busca da memória...

São escassos os registos fotográficos da época em que as Minas dos Carris estavam em laboração. São verdadeiros tesouros da memória as fotografias que aos poucos ajudam a escrever o passado daquele lugar... estou em busca da memória, para não deixar esquecer...

Fotografia © António Ribeiro / Rui C. Barbosa

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Carris, sem as minas...

Carris, 1 de Abril de 2007

Seguramente foi algo no qual já havia pensado, mas um email de um leitor deste blogue fez-me reflectir mais nesta questão. Penso que o Agostinho Costa não me irá censurar se colocar aqui a mesma questão que ele me colocou (e seria desde já interessante ler a opinião dos leitores): "Qual seria o mais belo cenário? Os Carris antes de chegarem as prospecções ou os Carris actuais?"

Acima de tudo encontra-se a preservação do Parque Nacional da Peneda-Gerês e respondendo à questão colocada, sem dúvida que o cenário antes da chegada das minas seria algo de único no nosso país. Porém, penso que se poderia fazer mais, muito mais, para a preservação da memória daquele local tentando-se aliar a preservação ambiental à preservação arqueológica... mas isto já são outras, longas, conversas...

Fotografia © Rui C. Barbosa

Outros lugares de Carris (XX)

Carris, 18 de Agosto de 2007

Com as suas águas escuras a represa dos Carris é sempre um lugar de visita...

Fotografia © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

...de céu aberto.

Carris, 18 de Agosto de 2007

Já por várias vezes havia passado por este local a caminho das Minas das Sombras ou no sentido inverso. Porém, somente no decorrer da Caminhada Histórica às Minas dos Carris tive a oportunidade de obter algumas fotografias do local.

Basicamente trata-se de uma pequena exploração a céu aberto semelhante a muitas outras existentes na zona dos Carris. Esta tem a particularidade de ser a única localizada nesta área e relativamente afastada das restantes explorações.

A existência destas pequenas explorações leva-me a avançar com um pequeno projecto: o de registar fotograficamente as concessões mineiras relativamente próximas às concessões situadas nas Minas dos Carris. Destas concessões (949 Borrageiros; 3213 Lomba / Cadeiró; 2807 Castanheiro e 999-P Romião) já visitei as de Borrageiros e de Castanheiro. Curiosamente na Carta Geológica do Parque Nacional da Peneda-Gerês estão assinaladas outras explorações (nomeadamente em Cidadelhe) que não são referenciadas em qualquer documento oficial.

Fotografia © Rui C. Barbosa

O amor é lindo... mais um acto de vandalismo...

Carris, 18 de Agosto de 2007

O Amor aquece-nos a alma, altera-nos o equilíbrio e põe-nos a fazer coisas que mais tarde nos arrependemos... ou talvez não... Quem já não sentiu o palpitar ventricular do Amor? O súbido desejo de gritar a todo o mundo esse grande amor... Outros preferem expressá-lo com uma marca eterna e então pensam 'vou subir à montanha mais alta e lá escrever o meu Amor'... ou então como um simples vandalo dar mais um golpe de misericórdia numa velha parede... e então se for numa parede de todos nós melhor ainda...

...que seja um Amor eterno e não se apague com o passar das eras deste mundo...

Fotografias © Rui C. Barbosa

Degradação... degradante...

Carris, 18 de Agosto de 2007

Muitos analistas e outras pessoas bem falantes costumam queixar-se do país 'que temos' quando se têm de referir a alguma situação ou apresentar algum queixume. Bom, não sou analista e muito menos penso ter o dom da palavra... Sou simplesmente alguém que tem as suas paixões, aquilo que caracterizamos por 'hobbie'... gosto de lhe chamar passatempo, já que temos uma palavra para isso...

Quando alguém tem um passatempo procura formas de o diversificar... Para mim, as Minas dos Carris são um dos meus passatempos. Tenho gosto no que faço e faço isto porque gosto de o fazer.

As Minas dos Carris ficam integradas no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) com as suas áreas de protecção total e integral. É por elas que não podemos lá ir... Porém, e de cada vez que lá tenho ido nos últimos meses, nota-se que o nível de degradação avança de uma forma exponencial! Talvez seja pelo facto de a minha formação académica não ter nada a ver com a área protegida (pois sou Físico de formação), mas por muito esforço que faça não consigo entender o porquê de aquela memória do passado se encontrar no estado em que está.

Felizmente consigo entender que o PNPG tem outras prioridades e que o nosso país tenha prioridades infinitamente superiores à recuperação da memória passada. Outras prioridades importantes foram atendidas no passado em detrimento de outrasnão tão importantes... agora temos bons estádios de futebol, bem apesar de nos faltarem hospitais e centros de saúde... mas isto são pormenores de menos importância. O parque nacional é imenso e cada região do parque tem os seus problemas particulares muito mais importantes do que a zona dos Carris. Não consigo compreender é como passados mais de 30 anos do encerramento das minas a degradação seja já irrecuperável... foi algo que se perdeu, que se deixou perder que nunca mais voltará... finito!
Inseridas na área do PNPG, este nada fez para preservar a memória dos Carris. Com o passar do tempo esta vai-se apagando... talvez seja essa a estratégia, vancer pelo cansaço... deixar as coisas apagar, a memória apagar aos poucos...

Entretanto vai-se mantendo o costume pidesco de se vigiar quem deseja fazer algo pela nossa memória... Talvez amedrontando com coimas e multas o se consiga afastar os amantes do local... Talvez com os agentes no terreno, velhas memórias dos ratos cinzentos e barrigudos, se consiga afastar os amantes do local... No entanto, é degradante para mim como cidadão pagante de impostos (e desculpem o velho chavão..) ver como a memória do meu país se vai perdendo... degradando... degradante...

Não me queixo do país 'que temos', queixo-me de quem o governa... queixo-me de quem nomeia e de quem é nomeado... queixo-me das pessoas não terem a capacidade de ver mais ao longe, de ansiar por mais... Mas pronto, é o que temos e talvez seja mais útilpara o intelecto nos dedicarmos à seborreia diária dasnovelas televisivas do que ousar desejar mais...

...paro por aqui, não tenho o dom da palavra...

Fotografias © Rui C. Barbosa

domingo, 19 de agosto de 2007

Caminhada Histórica às Minas dos Carris (V)

Carris, 18 de Agosto de 2007

No dia 18 de Agosto a realizou-se a Caminhada Histórica às Minas dos Carris com a participação de 12 pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da história deste complexo mineiro na Serra do Gerês.

A caminhada percorreu o Vale do Alto Homem até às Minas dos Carris, visitando-se as suas concessões mineiras após o descanso e almoço. O regresso foi levado a cabo pelas Minas das Sombras, numa caminhada de por à prova os mais resistentes.

Coordiais saudações e um muito obrigado a todos os que participaram e me acompanharam nesta única Caminhada Histórica às Minas dos Carris!!!

Fotografia © Rui C. Barbosa

110!

Carris, 18 de Agosto de 2007

Cumpriu-se a 110ª caminhada às Minas dos Carris!!! Iniciando a subida pelo Vale do Alto Homem e terminando pelas Minas das Sombras. A sua estória em imagens...
Fotografias © Rui C. Barbosa

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Notas históricas (II)

Carris, Maio de 1956

Investigando os arquivos... Um corte longitudinal da Concessão n.º 2234, Salto do Lobo, baseado em trabalhos levados a cabo em Maio de 1956. Este trabalho está feito a uma escala 1:1000.

São visíveis alguns poços de mina, havendo somente um que percorre os seis pisos da exploração. As áreas marcadas com a letra 'E' refere-se a material estéril.

As construções referenciadas à superfície neste corte longitudinal já não existem no terreno.

(Reprodução interdita)

Notas históricas (I)

Carris, ...perdida no tempo!

As Minas dos Carris eram (ou são) compostas por três concessões mineiras, a saber Concessão n.º 2234, Salto do Lobo, Concessão n.º 2806, Corga das Negras, e Concessão n.º 3120, Lamalonga (Corga da Lamalonga) - também denominada Lamalonga n.º 1. Todas as concessões estão situadas na freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real.

As minas foram exploradas pela Sociedade Mineira do Gerês, Lda., mas os estudos até agora levados a cabo revelaram que o pedido de concessão provisória da concessão do Salto do Lobo foi entregue a 16 de Setembro de 1942 pela empresa Domingos da Silva, Lda., juntamente com uma reclamação!

São estas as pequenas Notas Históricas que aos poucosnos irão revelar o passado das Minas dos Carris.

Fotografia © António Ribeiro / Rui C. Barbosa

Caminhada Histórica às Minas dos Carris (IV)

Esta Caminhada Histórica às Minas dos Carris deverá ter lugar a 18 de Agosto (Sábado) próximo e tem como objectivo dar a conhecer aquele canto singular do Parque Nacional da Peneda-Gerês. A participação nesta caminhada não tem qualquer custo de inscrição mas o número de pessoas a incluir no grupo tem de ser necessariamente limitado, existindo no entanto ainda 2 vagas disponíveis. Quem desejar participar ou obter mais informações deverá enviar um e-mail para rcb@netcabo.pt.

A proposta que é feita é a de juntar um grupo de pessoas que estejam interessadas em caminhar o Vale do Alto Homem e percorrer as ruínas do antigo complexo mineiro de Carris e das Sombras. Como ponto extra poderemos adicionar uma ida ao ponto mais alto da Serra do Gerês, o Pico da Nevosa, caso haja tempo para tal.

O programa proposto é o seguinte:

7.00 - Concentração em Braga em frente à Bracalândia.
7.15 - Saída em direcção às Caldas do Gerês.
8.00 - Pequeno-almoço nas Caldas do Gerês (Café Ramalhão).
8.30 - Saída em direcção à Portela do Homem.
9.00 - Início da caminhada até às Minas dos Carris.
12.30 - Chegada às Minas dos Carris. Almoço. Visita às ruínas das Minas dos Carris.
16.00 - Regresso à Portela do Homem.
20.30 - Regresso a Braga.

O regresso à Portela do Homem poderá ser feito pelas Minas das Sombras!

Logotipo © Adão Silva

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Com vista para a montanha...

Carris, 19 de Julho de 2007

Quase todas as janelas tinham uma vista para a montanha... Olhando através delas no final de um dia na mina, os homens fitavam o céu, as rapinas que por ali abundavam, os outros homens que passavam, a azafama de chegar rápido a casa...

O dia deveria terminar cedo... Talvez uma bebida com os colegas e depois já pela noite escura, caminhava-se até à pequena casa... Bom, por vezes não seria só uma bebida e o caminho talvez se tornasse um pouco atribulado...

No Inverno as coisas seriam mais difícieis... a neve, o gelo, os dias curtos... o frio que se entranhava na dúzia de cobertores pesados... as garrafas que partiam com a pressão do gelo... certamente seriam dias solitários, isolados... as pegadas uniformes na neve, profundas e com a sua luminescência azul...

...porém, havia sempre uma janela com vista para a montanha...

Fotografia © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Carris, 13 anos depois

Carris, 6 de Agosto de 2006

A fotografia em cima foi obtida a 6 de Agosto de 2006. Nela pode-se observar um conjunto de casas residenciais em Carris. O seu estado de ruína é óbvio. Na imagem em baixo vemos as mesmas casas a 23 de Dezembro de 1993. Nesta altura, e apesar de abandonadas há já muitos anos, ainda conservavam os telhados e serviam de abrigo para quem pernoitasse na serra.

Fotografias © Rui C. Barbosa