Carris, 27 de Janeiro de 2007
...era estranho para quem chegava, escutar aquele ruído... como que surgia dentro de nós... baixinho... A montanha parecia murmurar, talvez de dor... provocada pelas máquinas que sem parar abriam caminho por uma escuridão suspensa.
O calor, o cheiro, a definição entra a luz ténue e a escuridão... pó que se entranha nos pulmões, uma quase sentença... aquele ruído todo o dia...
...o subir rápido para a superfície, mais uma vez não ver a luz do dia nas doras rápidas do Inverno... a luz trémula que pulsa ao ritmo do gerador... o ruído...
"O pá! Vai avisar o Manel que vamos desligar o gerador!!!"... mas uma vez o silêncio e a escuridão regressam a Carris...
Fotografia © Miguel Grilo
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