Carris, a História (X)

Carris, 12 de Agosto de 1993

A entrada principal da mina situava-se junto da extremidade da abertura inicial do vale onde se localiza esta área do complexo. O acesso era feito pela entrada de um edifício que era controlada a partir de uma pequena sala localizada à sua esquerda. A galeria principal da mina dividia-se em três galerias secundárias. A galeria que seguia pela direita curvava mais à frente para a esquerda, indo de encontro à galeria central que terminava no poço do elevador. A galeria central conduzia ao elevador na mina e a galeria esquerda dividia-se em outras duas galerias: uma que continuava na direcção da anterior e uma que seguia para o lado esquerdo. Esta encontrava-se há anos bloqueada por um muro de betão, com uma altura de aproximadamente 2 metros, e que retinha uma enorme massa de água. A galeria que seguia na direcção da galeria secundária acabava por curvar para a direita, indo de encontro à galeria central no poço do elevador. Este poço estava resguardado por uma estrutura metálica que permitia o acesso ao elevador. Há 10 anos eram visíveis os cabos de tracção do elevador que se encontrava mergulhado nas águas que inundavam por completo os níveis e galerias inferiores da mina. Parte desta estrutura era coberta por madeira e um alçapão amovível permitia o acesso aos níveis inferiores.

No interior da mina eram ainda visíveis alguns instrumentos de laboração mineira, além de pequenos carros mineiros assentes sobre carris. Era também visível o quadro de controlo do elevador que se encontrava fixo na parede, bem como alguns sistemas eléctricos. Tendo em conta o estado de toda a estrutura é bem provável que hoje em dia já tudo tenha desabado para o fundo da mina e que se tenha perdido mais um património de Carris.

(A imagem que ilustra este 'post' mostra a parte superior do poço principal da Mina dos Carris. Na parte superior esquerda são visíveis os cabos de sustentação do elevandor que es encontra escondido nas trevas do fundo da mina).

Fotografia © Rui C. Barbosa