Carris, 28 de Fevereiro de 2006
Sou chegado ao ponto mais alto no cume da Nevosa... em silêncio contenplo a paisagem, ao longe Carris... O vento trás-me um murmurar longínquo... quase imperceptível...
Imagino o ruído do trabalho de há muitos anos, várias gerações... O trabalho que esventra a terra à procura do precioso metal... O suor dos homens, a pele coberta pelo pó, os pulmões cheios de morte, o olhar vazio quando de novo encontram a luz do dia...
Quase imperceptível, chegam-me as vozes... trazidas pelo vento! Lá do alto, contemplo em silêncio a paisagem... rude, de granito selvagem... Ao longe vislumbram-se pequenas e esquecidas ruínas, memórias silênciosas do passado... hárduo, rude... na serra.
No ponto mais alto, em silêncio contemplo a paisagem... cansado, ofegante da caminhada... o murmurar trás-me o conforto... cheguei aqui... Porque quer que fique aqui?
Fotografia © Rui C. Barbosa
Olá...
ResponderEliminarEncontrei este blog há pouco tempo. Chamou-me a curiosidade por motivo de ser um apaixonado pelos Carris. Gosto de subir aos carris de BTT. Já fiz isso duas vezes e pretendo continuar. Pois subir aquele trilho de BTT e depois descer pelo lado de Espanha pelo Vale das Sombras seguindo as pedrinhas (mariolas) com a BTT às costas e onde existem outras minas abandonadas, só mesmo para quem gosta e se apaixona por estas paisagens. Quem o faz pela primeira vez ou detesta e nunca mais quer ouvir falar dos Carris ou fica completamente apaixonado e sempre que pode volta lá todos os anos.
Costumamos partir de Campo e seguir pela geira romana.
Tenho um album de fotos que se pode consultar em:
http://br.pg.photos.yahoo.com/ph/vitorsantix/my_photos
É sempre bom partilhar estas experiências outras pessoas que têm gostos semelhantes aos nossos. Talvez um dia nos encontremos à sombra do Madorno! Um abraço!
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