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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Carris, a História (VI)


Carris, ...noutros tempos.

Prosseguindo o trilho ao longo do vale vamos ganhando altitude atingindo os 1200 metros de forma suave. Nesta fase o trilho chega a complicar-se devido ao estado do «pavimento». Na cota dos 1190 metros e olhando para o Rio Homem deveríamos observar algumas construções relacionadas com o complexo mineiro de Carris. Estas construções vêm assinaladas na CT-31 (Outeiro - Montalegre) de 1949, mas já não surgem na CT-31 (Outeiro - Montalegre) de 1996 e no terreno não se observam quaisquer construções.

O Rio Homem é nesta fase constituído por uma série de pequenos ribeiros que têm origem nos inúmeros vales de golpeiam o topo da serra. Aos 1200 metros de altitude o trilho flecte ligeiramente para a direita seguindo um dos pequenos riachos que juntamente com o riacho do Corgo dos Salgueiros da Amoreira irá mais tarde formar o Rio Homem. O nosso trilho segue a base da Rocha da Água do Cando, passando pela Ponte das Águas Chocas (1285 metros) e entrando nas Lamas de Homem até atingir a Ponte das Abrótegas (1325 metros). As Lamas de Homem definem juntamente com o Outeiro Redondo um pequeno planalto que é atravessado pelo trilho até atingir e seguir ao longo da base do contraforte de Carris. Neste planalto tem origem vários trilhos de pé posto sendo os mais interessantes o que segue para as Minas das Sombras (Espanha), e para os Cocões do Concelinho e mais tarde Minas do Borrageiro e Lagoa do Marinho. Na Ponte das Abrótegas somos interrogados por umas peculiares construções semelhantes a pequenos pilares se rocha e cimento que tinham essa mesma função. Estas construções serviriam de ponto de apoio certamente para uma conduta metálica para transportar água desde uma pequena represa ali existente para o edifício de lavagem de minério situado vários quilómetros mais à frente.

A paisagem aqui permite-nos observar o marco geodésico de Carris (1508 metros), o Altar de Cabrões (1538 metros), tal como é denominado na CT-31 (Outeiro - Montalegre) de 1949, ou Altar dos Cabros segundo a CT-31 (Outeiro - Montalegre) de 1996 (com a indicação de 1490 metros e estando deslocado em relação à referência anterior). Neste pequeno planalto podemos também observar vários currais destinados às pastagens de altitude e à transumância ainda levada a cabo na Serra do Gerês, porque sim... No Gerês também ainda há pastores!!!!

Fotografia © Antonio Ribeiro / Rui C. Barbosa

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