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terça-feira, 31 de maio de 2022

Flores do Parque Nacional (I - Dente-de-Leão)

 


Também conhecida como 'Taraxaco' (Taraxacum officinale Weber. Compositae) é uma planta com as folhas em roseta basal, lobadas ou dentadas. O fruto é um aquéneo glabro com um papilo plumoso, voador.

A sua floração ocorre de Março a Setembro e habita em solos pobres.

Fotografada a 31 de Maio de 2022.

Fonte: "Flores do Parque Nacional" (Georgina F. Borges de Macedo e M. Helena L. Almeida Trigo, 1985)

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCXCV) - Halo solar sobre o Rio Cabril

 


Antevendo a chegada da chuva, um halo solar sobre o Rio Cabril, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Paisagens da Peneda-Gerês (MCCXCIV) - Curral e Rio de Teixeira

 


As bucólicas paisagens do Vale de Teixeira, Serra do Gerês, têm o seu ponto alto na passagem do Rio Teixeira ao lado do Curral de Teixeira.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 29 de maio de 2022

Trilhos PNPG - Trilho dos Poços Verdes do Sobroso

 


O Trilho dos Poços Verdes do Sobroso (PR9 MTR) é um percurso de pequena rota circular que nos leva desde a pequena aldeia de Xertelo até à sequência de poços que existem no Rio Cabril e que são conhecidos como Poços de Sobroso.

Na realidade, a sequência de lagoas encontra-se já depois da junção dos cursos de água provenientes da Corga de Pena Calva e da Corga de Sobroso, logo após o Curral de Sobroso. Conhecidas como 'Sete Lagoas', a sequência de poços existentes no Rio Cabril deveria ter sido baptizada com outra designação condizente com a tradição do local.

O traçado do Trilho dos Poços Verdes do Sobroso é de dificuldade moderada, mas com zonas perigosas em alguns pontos. De facto, este percurso não é minimamente aconselhado no Inverno ou logo após dias de chuva devido à necessidade de se atravessar a mini-hídrica (que pode ser compensada com a passagem na ponte da Laje dos Infernos), devido à necessidade de se atravessar o Rio Cabril em Porto Novo e à passagem por zonas expostas as quais deveriam estar equipadas com cabos de segurança devido ao constante perigo de resvalamento. Os avisos sobre estes pontos deveriam ser bem mais explícitos no início do percurso.



Sendo um percurso circular, este pode ser feito em qualquer sentido. No entanto, e nos dias que se preveem mais quentes, sou da opinião que se deverá descer pelo Carvalhal da Mina, evitando esta verdadeira trepada exposta ao Sol no final da jornada.

Assim, iniciando em Xertelo, seguimos as marcações típicas dos traçados de Pequena Rota (vermelho e amarelo) seguindo na direcção do Fojo do Lobo de Xertelo e do Miradouro no Fojo do Lobo. Após apreciar a magnífica paisagem que prende o nosso olhar nos alcantilados da Surreira do Meio-dia, o caminho leva-nos pelo Carvalhal da Mina seguindo para a encosta do Cubo de Baixo, continuando a descer para o Porto Novo onde podemos apreciar o Poio das Cabras e atravessar o Rio Cabril. Segundo o painel informativo ali existente, o Poio das Cabras "...é talvez a mais notável marca de sobrevivência nesta serrania do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Local especificamente escolhido pelo pastor para alocar as cabras bravias, autóctones, para que não ficassem expostas ao lobo."

É então no Porto Novo que se faz o atravessamento do Rio Cabril, algo que deve ser feito em segurança mesmo nos dias de pouco caudal. Se até aqui o caminho foi quase sempre a descer em direcção ao rio e sem muitas passagens técnicas ou de pequena dificuldade, o percurso vai-se transformar, tornando-se num carreiro de montanha que requer a nossa concentração. O vislumbre da paisagem deve ser feito com cuidado e parados na progressão, e valem mesmo a pena estas paragens, pois todo o vale e o rio que corre lá em baixo assim o merecem. Como já referi anteriormente, aqui encontramos uma ou outra passagem exposta que deve ser feita com cuidado!

Seguindo encosta acima, o Trilho dos Poços Verdes do Sobroso leva-nos a atravessar a Corga de Virtelo, seguindo-se a Corga das Quebradas e o Peito do Galo, descendo então para a represa que neste dia se encontrava sem armazenar a água, permitindo a passagem livre das águas.

Não posso deixar de sublinhar que, apesar das indicações de proibição de acesso automóvel à estrada que leva aquele lugar, eram várias as viaturas estacionadas e outras que foram chegando ao local.

Depois de se passar a represa, o traçado do percurso segue pela estrada florestal passando sobre o Rio do Lobeiro / Ribeiro do Penedo, flectindo à direita à vista da Bela do Lobeiro, seguindo então pela levada de água que nos vai oferecer belas paisagens sobre o Vale do Rio Cabril, do Vale de Cabril e da Surreira do Meio-dia. Já no final do percurso e na chegada a Xertelo, uma curta paragem para apreciar o típico moinho de cubo vertical, terminando-se a caminhada com uma paragem no agradável Bar das 7 Lagoas.

Ficam algumas fotografias do dia...  
























Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Halo solar no Vale do Rio Cabril

 


Magnífico halo solar fotografado no Vale do Rio Cabril sobre a represa do Sobroso, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

Veio o calor e com ele a falta de civismo

 


Com a chegada de dias quentes foi muita a afluência de visitantes ao Parque Nacional da Peneda-Gerês em busca das lagoas e cascatas.

Nos dias 28 e 29 de Maio foi notório o aumento de visitantes e as usuais atitudes de falta de civismo lá voltaram com o desrespeito pela sinalização quer seja automóvel, quer seja do próprio ICNF. Esta é uma constante todos os anos e parece que muitos só aprendem quando "...lhes vão ao bolso."

Carros estacionados na berma da estrada entre a Portela de Leonte e a Portela do Homem apesar da abundante sinalética, carros estacionados na Mata de Albergaria apesar da abundante sinalética, acesso às estradas florestais que são condicionadas pelo Plano de Ordenamento e assinaladas como tal, desrespeito pela sinalética que indica a necessidade de autorização de acesso a vários caminhos. Enfim, de tudo um pouco se vê por estes dias.

Infelizmente, este é também o resultado da falta de investimento na protecção do ambiente e nas várias áreas protegida do país. O reduzido corpo de Vigilantes Florestais não tem a capacidade de ser omnipresente e de estar em todo o lado, a toda a hora nos cerca de 70.000 ha de área do Parque Nacional da Peneda-Gerês e enquanto esta falta de civismo for uma constante, não terminarão estes atropelos ao nosso único Parque Nacional.


Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sábado, 28 de maio de 2022

Trilhos PNPG - (De volta ao) Trilho da Peneda

 


O Trilho da Peneda (PR17 AVZ) é um percurso de pequena rota com pouco mais de 10 km, mas cheio de paisagens e emoções visuais ímpares. Devido aos desníveis (iniciais) é um percurso difícil, mas que compensa cada segundo de esforço que realizamos.

Este percurso realiza-se em plena Serra da Peneda, entre dois povoados serranos: o aldeamento da Peneda e a Branda de Bouças dos Homens. Partindo do parque de estacionamento, tomamos o trilho, seguindo as marcações que se destacam na paisagem, sendo estas de cor amarela e vermelha. Por estes carreteiros passavam os carros de bois de raça barrosã, ligando aqueles dois povoados. Após 3 km e à cota aproximada de 1100 metros, inicia-se descida, avistando ao longo Branda de Bouça dos Homens. Pouco depois da saída na estrada alcatroada, tomamos um antigo caminho de romeiros devotos à imagem da Sr.ª da Peneda. Trata-se de um caminho designado de pé posto uma vez que não permite outro modo de percorrê-lo. De seguida iniciamos uma nova ascensão até às faldas da Penameda e logo, voltamos a descer até pequeno lago artificial, conhecido pelos locais por “Pântano” situado no lugar de “Chã do Monte”. Esta represa servia uma mini-hídrica que há anos atrás fornecia a energia elétrica ao povoado da Peneda. Cruzando o lago, seguimos um regato e a descida torna-se numa verdadeira e intrépida aventura devido aos íngremes declives do relevo. À medida que vamos descendo, podemos observar lá no fundo a igreja e o aldeamento da Penada, assim como também, ao nosso lado esquerdo a Fraga da Meadinha, procurada por inúmeros escaladores nacionais e estrangeiros. Mais uns abaixo, alcançamos a desembocadura do trilho e daí tomamos a estrada que nos levará passado cerca de 1 km, ao ponto de chegada que coincide com o ponto de partida, ou seja, o parque de estacionamento. Se não for acompanhado por guia, preste atenção às marcações e não saia do trilho marcado e sinalizado. Guarde o máximo cuidado nos dias de nevoeiro e/ou de neve, uma vez que as marcações podem encontrar-se ocultas.


Aconselho a iniciar o percurso junto da Igreja da Peneda e subir o íngreme caminho na vertente da Meadinha. A caminhada deve-se ir fazendo passo a passo, sem pressas e ir apreciando os sons que nos vão surgindo. As paragens regulares são aconselhadas, aproveitando as estruturas existentes para descanso e apreciando a paisagem que vai mergulhando no vale.

Recentemente, o caminho sofreu a queda de grandes pedras que impediam ou dificultavam a progressão. Porém, um excelente trabalho de recuperação e preservação deu ao caminho a facilidade de progressão desejada.

Terminando a subida íngreme, entramos numa parte mais suave que nos levará à Chã do Monte onde encontramos o Pântano da Sra. da Peneda - ou simplesmente Pântano (local assim designado pelos locais) - no Couto da Chã do Monte. Reza a tradição que as mulheres que, com a mão esquerda, conseguissem colocar uma pedra no cimo do penedo, no ano seguinte se casariam. Ainda hoje esta lenda perdura, pois, são muitas as mulheres que se deslocam a este local na esperança de casarem no ano seguinte!

O traçado do Trilho da Peneda leva-nos a atravessar a pequena represa, entrando então na Corga das Vargens do Furato. Ao nosso lado direito ergue-se o cume de Penameda, com os seus 1.268 metros de altitude, e à medida que vamos subindo a corga vemos as fragas da Casinha de N.ª Senhora. Por outro lado, à nossa esquerda, sucedem-se a Fraga do Abaixo do Furato e a Fraga da Pomba. O caminho vai-nos levar à Portelinha do Vento, passando no cimo da Corga do Curral das Lameiras até chegar às Lapoceiras já a descer para a estrada que atinge já no final da Corga das Veigas. Na descida podemos apreciar parte dos muros convergentes do Fojo do Lobo de Concieiro (ou da Bouça dos Homens).

Acompanhando a estrada por algumas dezenas de metros, vai flectir à direita e iniciar nova subida, passando na Volta dos Picotos e seguindo serra acima até passar ao lado da Fraga da Arinha ou do Barroco, um interessante conjunto geológico. Iniciando a sua descida, o percurso (designado aqui como 'Caminho de Currelos') leva-nos perto da Fraga das Portas e do Carvalho das Portas. A descida é longa e permite-nos apreciar as magníficas vertentes, formas graníticas e vales profundos que aqui a Serra da Peneda tem para oferecer. 

O carreiro de pé posto irá terminar num dos parques de estacionamento da Sra. da Peneda, a pouca distância do ponto de partida.

O traçado (gps) do percurso pode ser obtido aqui e seu folheto (pdf) aqui.


A represa do Pântano reconstruída em 1949


O Pântano e a Penameda














Passagem na Corga das Vargens do Furato


Corga das Vargens do Furato vista desde a Portelinha do Vento


Corga das Vargens do Furato vista desde a Portelinha do Vento


Corga das Vargens do Furato vista desde a Portelinha do Vento


Um aspecto do Pãntano desde a Portelinha do Vento


O Fojo do Lobo da Bouça dos Homens


Paisagem serrana descendo o Caminho dos Currelos


Paisagem serrana descendo o Caminho dos Currelos

Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)