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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Novo acidente na Serra do Gerês


Um homem ficou ferido, sobretudo nos membros inferiores, após uma queda numa cascata na Portela do Homem, na Serra do Gerês, esta sexta-feira.


Um homem ficou ferido a meio desta tarde de sexta-feira ao cair e escorregar nas Cascatas da Portela do Homem, na Serra do Gerês, em Terras de Bouro.


Fotografia: Arquivo Global Imagens

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Começa a ser ridículo!


Estas situações começam a ser ridículas. E não vale a pena apontar as culpas ao ICNF ou ao PNPG!


Fotografia: Joaquim Gomes/JN

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Paisagens da Peneda-Gerês (CCLIII) - Casa Florestal de Junceda


Não muito longe do Campo do Gerês e perto das ruínas da Casa Florestal de Lamas, está situada a Casa Florestal de Junceda.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Paisagens da Peneda-Gerês (CCLII) - Rã Ibérica


Rã ibérica no Rio Fafião, Serra do Gerês.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

"Três pessoas morreram e 17 foram assistidas este ano no Gerês"


Notícia RTP de 23 de Agosto de 2018.

Morreram três pessoas e 17 precisaram de ajuda no Parque Nacional da Peneda Gerês desde o início do ano. Vários turistas ficam perdidos na serra ou sofrem graves quedas.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

domingo, 26 de agosto de 2018

"Gerês é palco de muitos acidentes"


Notícia RTP de 20 de Agosto de 2018.

Vários incidentes tiveram lugar no Gerês. Este domingo, uma pessoa morreu. Os bombeiros são chamados a ajudar nos casos de emergência que resultam, muitas vezes, da falta de precaução por parte dos visitantes. As autoridades apelam por isso a uma atenção redobrada.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sábado, 25 de agosto de 2018

Paisagens da Peneda-Gerês (CCLI) - Serra do Gerês desde o Vidoal


A Serra do Gerês vista desde o Prado do Vidoal, vendo-se o Pé de Medela, Carris de Maceira, a Corga dos Cântaros e o Cabeço de Lavadouros.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Paisagens da Peneda-Gerês (CCL) - Pé de Cabril e Serra Amarela


O Pé de Cabril, o farol da Serra do Gerês, e a imensidão da Serra Amarela.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Paisagens da Peneda-Gerês (CCXLIX) - Ermida


A pequena aldeia da Ermida nas encostas da Serra Amarela.

O texto seguinte é retirado daqui.

A Ermida, freguesia do município de Ponte da Barca, é uma aldeia típica de montanha, rodeada por um escadório de campos em socalcos e com uma envolvência geral de matos e alguns bosques. A zona agrícola estava sempre situada perto da aldeia, para não obrigar a grandes deslocações diárias e em zonas com pouco declive e de preferência côncavas para ajudar a uma melhor retenção da água e solo. Quando o declive era superior ao ideal faziam-se socalcos como os que se observam, onde predominam os lameiros, milharais e batatais, compartimentados por uma infinidade de muros. Neste aglomerado populacional, profundamente isolado durante séculos, existe um Núcleo Museológico onde estão registadas aquelas que serão as principais características desta comunidade de montanha. Estão expostos, também, dois marcantes elementos do vasto património cultural desta localidade: a Estátua-menir da Ermida e a Pedra dos Namorados. A primeira é um magnífico exemplar, datável do 2.° milénio a. C., a mais antiga escultura antropomórfica conhecida no território do Parque Nacional. A segunda é uma lápide da época da romanização, encontrada nos arredores da Branda de Bilhares e na qual o povo da aldeia pretendia ver figurados “um par de namorados”.

Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Trilhos seculares - De Lindoso a Germil pelos carreiros da Serra Amarela


A ideia original destes dias de montanha, era a de fazer uma travessia integral do Parque Nacional da Peneda-Gerês entre Ribeiro de Baixo e Tourém. Infelizmente, não houve tempo para tal e duas serras tiveram de ficar de fora, encurtando o percurso em distância e dias.

Decidi assim iniciar estas travessias no Lindoso, Serra Amarela, e terminar em Fafião, Serra do Gerês. Foram quatro percurso com uma distância total de cerca de 75 km. O tempo esteve sempre quente, especialmente a partir das 16:00 onde as temperaturas já não aconselhavam uma actividade física intensa no calor serrano. Felizmente, a água abunda tanto na Amarela como no Gerês.

O primeiro percurso ligou Lindoso a Germil. Segui parte das Grandes Rotas 1 (entre Lindoso e Ermida) e 34 (Ermida - Germil). De forma geral os percursos estão bem marcados, havendo no entanto pontos nos quais é necessária uma atenção redobrada para não se perder o rumo.







A saída de Lindodo fez-se junto do belo conjunto de espigueiros e da Porta do PNPG, seguindo por entre o casario. Prontamente estava a caminhar nas colinas adjacentes e entrava no estradão florestal que me levou até à antiga Casa Florestal de Porto Chão. Pelo caminho passamos pela Cabana do Aradoiro, Cabana do Bogalhedo e Cabana do Carqueijal. Fizemos uma pequena paragem no Refúgio do Carqueijal, iniciando depois o percurso em direcção à Cabana da Escaravilheira junto de um parque de merendas onde se parou para o almoço e curto descanso para observar o voo dos grifos.

Seguimos depois pelo Porto da Laje e depressa chegávamos à Branda de Bilhares antes de entraramos pouco depois na Ermida. Aqui seguíamos já o GR34.








O texto a seguir é retirado daqui.

A Ermida, freguesia do município de Ponte da Barca, é uma aldeia típica de montanha, rodeada por um escadório de campos em socalcos e com uma envolvência geral de matos e alguns bosques. A zona agrícola estava sempre situada perto da aldeia, para não obrigar a grandes deslocações diárias e em zonas com pouco declive e de preferência côncavas para ajudar a uma melhor retenção da água e solo. Quando o declive era superior ao ideal faziam-se socalcos como os que se observam, onde predominam os lameiros, milharais e batatais, compartimentados por uma infinidade de muros. Neste aglomerado populacional, profundamente isolado durante séculos, existe um Núcleo Museológico onde estão registadas aquelas que serão as principais características desta comunidade de montanha. Estão expostos, também, dois marcantes elementos do vasto património cultural desta localidade: a Estátua-menir da Ermida e a Pedra dos Namorados. A primeira é um magnífico exemplar, datável do 2.° milénio a. C., a mais antiga escultura antropomórfica conhecida no território do Parque Nacional. A segunda é uma lápide da época da romanização, encontrada nos arredores da Branda de Bilhares e na qual o povo da aldeia pretendia ver figurados “um par de namorados”.






 

De um ponto mais alto, pode-se apreciar na plenitude o vale de Carcerelha, onde o grande desnível (mais de 250 m) entre as encostas e o ribeiro causa um grande impacte. Também se pode observar que na margem direita dominam os giestais enquanto na margem esquerda dominam os urzais-tojais (habitat protegido). No local onde nos encontramos os urzais-tojais são dominados pelo tojo-molar (Ulex minor), várias espécies de urzes (Erica sp. pl.) e pelo sargasso (Cistus psilosepalus). Estes matos resultam geralmente da degradação dos carvalhais pelo fogo. Ainda assim, possuem uma biodiversidade significativa. As seguintes espécies de animais são uma pequena amostra das que aqui poderão ser observadas: javali (Sus scrofa), raposa (Vulpes vulpes), felosa-do-mato (Sylvia undata), cartaxo-comum (Saxicola torquata), tartaranhão-caçador (Circus pygargus) e víbora-cornuda (Vipera latastei).

Trata-se de uma antiga área agricultada pelos habitantes da aldeia de Lourido, na freguesia de São Miguel de Entre Ambos-os-Rios, município de Ponte da Barca. Nesta área, hoje abandonada, onde se produzia milho, são bem visíveis os antigos espaços trabalhados, rodeados por muros em mamposteria. Em alguns desses espaços, os mais inclinados, ainda se identificam os antigos socalcos, fundamentais para a produção nos terrenos mais declivosos.




Os urzais-tojais, deste ponto, além do tojo-molar (Ulex minor) e sargaço (Cistus psilosepalus) apresentam, em relativa abundância, o ranha-lobos (Genista triacanthos). Esta espécie costuma ser abundante sobre xistos, mas não sobre granitos como neste local. Em vários dos arbustos podem-se observar casulos de vespas.

Este ponto localiza-se numa portela, que significa uma depressão entre os cumes de uma montanha. Desta portela pode-se observar para norte a Serra do Soajo e para sul a aldeia de Germil (Serra Amarela). A partir deste ponto, e seguindo em direção à aldeia de Germil, identifica-se, numa encosta a sudoeste, na margem esquerda do Rio Germil, o Fojo de Germil. Trata-se, à semelhança do Fojo de Vilarinho ou do Fojo da Ermida, de uma antiga armadilha para caçar lobos. Este animal, hoje protegido, foi durante muitos séculos objeto de perseguição, motivada quer pelo medo que incutia nas gentes serranas, pela sua associação ao mundo do além, quer pelos ataques que fazia aos animais que pastavam nas serras do Norte de Portugal. Nesta zona, os muros dos fojos, de perfil em V, são construídos com blocos em granito ou aproveitam paredes naturais já existentes (afloramentos rochosos) e podem atingir centenas de metros de extensão.






Nas proximidades de Germil, a Norte, identifica-se um elemento do vasto património de valor etnográfico desta aldeia, uma Silha. É uma estrutura em granito, sensivelmente circular, que servia o propósito de proteger as colmeias. Referidas para esta região desde a Idade Média, a existência destas estruturas mostra o quanto a apicultura era importante em tempos idos. Este elemento pode ser observado enquanto se experiencia o calcorrear de um magnífico caminho empedrado, rasgado a meia encosta, um acesso da aldeia para a serra.

A área que corresponde à Serra Amarela teve ocupação humana, pelo menos, desde o Neolítico. São vários os vestígios arqueológicos que atestam os inícios da aventura humana nesta serra. Neste local, na freguesia de Germil, numa área aplanada a cerca de 650 metros de altitude, identifica-se o que parece ser uma pequena mamoa. É um vestígio arqueológico do mundo funerário, de um modo geral e para monumentos com estas características, do Neolítico, sendo que os mais antigos em Portugal datam de finais do VI milénio antes da nossa Era. Esta tipologia de monumentos tem inúmeras variantes arquitetónicas, construtivas, de dimensão, entre outras. Não são visíveis quaisquer esteios. Apesar das suas pequenas dimensões, é um elemento bastante visível na paisagem, cuja configuração aplanada é interrompida pelo perfil da mamoa. A partir deste monumento obtém-se uma excelente visibilidade, sobretudo para Oeste, para o vale do Rio de Germil. Neste local há referência à existência de uma necrópole, a Necrópole da Giadela, mas que terá sido destruída, com exceção deste monumento.





Nas clareiras dos matos secos podem-se observar tomilhais galaico-portugueses (habitat). Este habitat é dominado pelo tormentelo (Thymus caespititius), que é uma espécie de tomilho, ou seja, é uma planta aromática.

Deste ponto também se observa Germil, aldeia do município de Ponte da Barca, localizada a cerca de 600 metros de altitude média. É uma povoação típica de montanha com habitações em pedra, bastante concentradas, encaixadas onde a topografia da cabeceira do Rio de Germil o permite. A aldeia estrutura-se em volta de sinuosos caminhos empedrados que desembocam em pequenas eiras e largos. Esta aldeia de raiz Medieval, que em tempos se designou São Vicente de Germil, tem um vasto património cultural, sobretudo de valor etnográfico. Enquadrada numa magnífica composição de socalcos, fundamental para a exploração agrícola das encostas, nesta povoação predomina, tal como em toda a região do Minho, uma agricultura intensiva, de subsistência, em parcelas de pequena dimensão, geralmente muradas. Abaixo da povoação pode-se observar um carvalhal dominado pelo carvalho-alvarinho (Quercus robur).

A noite foi passada no Abril Pé d´Rios, em Germil.











Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)