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sábado, 30 de setembro de 2017
Paisagens da Peneda-Gerês (CCXXI) - Represa das Minas dos Carris
Detalhe histórico da represa das Minas dos Carris, Serra do Gerês.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Paisagens da Peneda-Gerês (CCXX) - Minas dos Carris
A partida das Minas dos Carris, Serra do Gerês.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Paisagens da Peneda-Gerês (CCXIX) - Árvore no Cagarouço
O velho carvalho junto à Ponte do Cagarouço, Vale do Alto Homem - Serra do Gerês, numa exposição em contra-luz.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Termina o período de cobrança da taxa de acesso à Mata de Albergaria.
Hoje terminou o período de cobrança da taxa de acesso à Mata de Albergaria que esteve em vigor entre 1 de Junho e 30 de Setembro de 2017.
Esta taxa de acesso aplica-se aos veículos motorizados e tem um valor de €1,50 por dia. Segundo a Portaria n.º 31/2007, de 8 de Janeiro, que veio fixar a taxa de acesso, esta tem por objectivo assegurar a preservação dos frágeis ecossistemas que caracterizam a Mata de Albergaria ao se aplicar medidas que passariam pela sustentabilidade da gestão dos recursos naturais, sujeitando a sua utilização ao pagamento de uma taxa de acesso, de acordo com o princípio do utilizador-pagadar.
Porém, a única medida que foi efectivamente aplicada foi a cobrança de uma taxa de acesso. A mesma Portaria n.º 31/2007, de 8 de Janeiro, refere que a taxa de acesso constitui receita própria do Instituto da Conservação da Natureza (actual Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), devendo ser afecta a acções de gestão e conservação da biodiversidade na Mata de Albergaria.
Desde então, que este objectivo nunca foi cumprido. Mais uma vez, o Estado não cumpre o seu dever de preservar os ecossistemas que caracterizam a Mata de Albergaria e na actualidade dá-se um total desinvestimento e abandono daquela zona (e da área do Parque Nacional da Peneda-Gerês em geral), com as taxas arrecadadas a serem aplicadas fora do objectivo que serve para a sua eventual cobrança e perdendo-se num buraco sem fundo nos ministérios de Lisboa.
...para o ano haverá mais.
...para o ano haverá mais.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Paisagens da Peneda-Gerês (CCXVIII) - Rio Arado
O Rio Arado, Serra do Gerês, com a sua força invernal, por este dias reduzido a um miserável curso de água quase fétida.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Livro "Sombras na noite" já pode ser adquirido on-line
O livro "Sombras na noite" já pode ser adquirido on-line no sítio da editora Artelogy.
Para a versão em papel pode aceder aqui.
Para a versão em e-book podem aceder aqui.
O livro também está acessível através do facebook aqui.
Se desejarem o livro autografado devem fazer o pedido através do email.
Diferente do meu primeiro livro, esta é a minha primeira incursão na prosa poética onde abundam os sentimentos gerados pelas paisagens de montanha, em em especial pelas paisagens da Serra do Gerês, e pela personalidade saudosista, além da irreverência do Amor.
O tema deambula entre as serranias Geresianas, a maior das paixões deste escritor, que já nos habituou imenso às suas palavras fortes que nos deixam a sonhar com noites nevadas, ventos frios à lareira, entre o crepitar do fogo e o uivar dos lobos.
Este é um livro de fotografia e textos de prosa poética inspirado nas serranias Geresianas, na saudade e no Amor.
Fotografias © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Paisagens da Peneda-Gerês (CCXVII) - Lavadouros
A imponente fraga de Lavadouros, Serra do Gerês, antecipa-se perante o Pé de Medela e Carris de Maceira vistos desde o Prado do Vidoal.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
Outro registo fotográfico da apresentação oficial do livro "Sombras na noite"
Registo fotográfico, pelo Amaro Rodrigues, da apresentação oficial do livro "Sombras na noite" que teve lugar a 23 de Setembro de 2017 no Pólo de Fafião do Ecomuseu de Barroso.
Fotografias © Amaro Rodrigues (Todos os direitos reservados)
Caminhadas às Minas dos Carris em Outubro e Novembro com o Parque de Campismo de Cerdeira
O Parque de Campismo de Cerdeira vai levar a cabo uma série de actividades nas quais é possível visitar as antigas ruínas das Minas dos Carris.
Designada por "Caminhada aos Carris", esta actividade mensal tem como objectivo realizar uma visita guiada às minas com explicação dos aspectos mais importantes da actividade mineira na altura da II Guerra Mundial. A caminhada é feita ao longo do Vale do Homem.
Fotografia © Rui C. Barbosa (Todos os direitos reservados)
O povo de Cabril - Um povo que moldou a Serra do Gerês e por ela foi moldado
"...Brás Pereira de Magalhães que foi de Cabril que conversava com Sebastião Pires que foi de Ruivães disendo que não havia em Portugal freguesia mais limpa que a sua de Cabril, pois que a sua de Cabril, pois que em toda ella não havia mácula e assim também o diziam também os velhos na minha menisse..."
(Conversa entre dois reitores no princípio do século XVIII)
Nos dias de hoje a serra do Gerês é palmilhada por muita gente e sempre assim foi, mas se agora é por amantes das montanhas e das caminhadas em natureza, antes era diferente. A serra era um lugar de sangue, suor e lágrimas para os povos locais, para aqueles povos que fizeram desta serra e destas montanhas a sua casa e o seu peculiar modo de vida.
A vida na serra começava cedo, muito cedo, por volta dos oito anos de idade já se faziam grandes caminhadas atrás dos animais, de socas cardadas nos pés, muitas das vezes descalços, para poder poupar o único par que tinham. Mal vestidos, cresciam entre as pedras e os animais, lavravam os currais e deles tiravam o pão, iam fazer carvão pelas alturas do Natal, carregavam os arados às costas serra a cima, a palha e o centeio era da mesma forma, vinha para as aldeias em carregos. Era o tempo das carrejadas, das malhadas que entoavam por toda a serra, mas também era o tempo da fome e da miséria. Dormiam na serra, alguns viviam por lá largos períodos. Contam-se histórias de miséria e sobrevivência, histórias de ouvirem os lobos a uivar de muito perto e não raras vezes de os sentir a caminhar lado a lado. Criaram-se mitos, superstições, mas a cima de tudo respeito, muito respeito pela serra e pela natureza.
Os barulhos e as luzes no céu tinham várias interpretações, o "ti" Jumpereira que foi durante algum tempo vezeireiro na serra dos bois, afirmava a pés juntos que a meia noite em ponto ouvia todos os dias uma banda de música a tocar nas Cruzes da Cidadelha, a ainda outros que falavam em vultos, barulhos sobrenaturais em partes diferentes na serra.
Foi esse um dos motivos que fez com que Lagoa tenha demorado a ter um abrigo, os vezeireiros e os agricultores utilizavam as cabanas, principalmente a cabana da Casa da Ponte, mas há sensivelmente quarenta anos, através da junta de freguesia e do povo, resolveram fazer um abrigo melhor. O local escolhido foi junto ao curral da Casa do Costa, e vários populares por conta da junta deslocaram-se da aldeia para a serra com o intuito de construir o novo abrigo, o qual nunca chegou a ser concluído, e foi durante muito tempo alvo de grande falatório nas várias aldeias, os trabalhadores vieram embora e recusaram-se a voltar. Segundo eles o local da nova casa não era bom, era estranho e à noite ouviam vários barulhos estranhos, as coisas mexiam do nada, vários pontos de luz na serra, mas a gota final, dizem que foi quando começou a descer uma luz dos Sargaços em direcção a lagoa e com um barulho estarrecedor, semelhante à vários tiros disparados simultaneamente.
O "ti " João Batista lembra-se bem desse dia, apesar de não andar lá a trabalhar, e de nada ver ou ouvir. Nesse dia ia ficar a cabana, que era para no dia a seguir ir a Espanha, só que chegou a Lagoa e já a noite ia adiantada,ele próprio conta: "Olha...ia com o meu cunhado Zé em busca de uma pana e umas sacholas a Vila Méa... e já era noite quando chegamos as Lajas de Lagoa, mandei um grito, ouu... ouu!!!... e nada!! Eu sabia que eles andavam por lá a trabalhar, voltei a gritar.. .e nada!!!... Eu até disse ao Zé, onde é que caralho eles se meteram?? E lá continuei andar...Quando cheguei a cabana estavam todos aninhados dentro da cabana, beira do lume, mas cá para fora nada... ta certo!!! De manhã puseram-se a francos...."
Um dos trabalhadores que na altura tinha segundo ele sensivelmente dezassete anos, não gosta muito de falar no caso,mas lá vai dizendo : "É preciso ter respeito!!! Pois a serra não é brincadeira, e há certas coisas que não tem explicação." Eu ainda perguntei, "Então vocês tiveram medo?" "Eu?medo? Não!!! Só que eram coisas que nunca tinha visto e nem os mais velhos que andaram pela serra toda a vida... O que sei, é que quando veio o dia, eles pegaram nas suas coisinhas e nas ferramentas as costas e bota serra abaixo, e eu ia lá ficar? Tá bom!!!tá!!!"
O que é certo é que o abrigo nunca foi terminado nem por eles nem por ninguém.
É caso para dizer "Pêro que no creo em brujas mas Pêro que las aí , aí"
Texto e fotografias © Ulisses Pereira (Todos os direitos reservados)
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Registo fotográfico da apresentação oficial do livro "Sombras na noite"
Registo fotográfico, pelo Rui Farinha, da apresentação oficial do livro "Sombras na noite" que teve lugar a 23 de Setembro de 2017 no Pólo de Fafião do Ecomuseu de Barroso.
Fotografias © Rui Farinha (Todos os direitos reservados)