O passeio foi curto, é certo, mas as paisagens raspadas pelas nuvens foram imensas. Num curto espaço conseguimos pinturas únicas em Portugal. A subida com o Pé de Cabril escondido e os farrapos de nuvens a roçar os píncaros do Gerês e da Amarela. Os Cubatos lá escondidos e o Pé de Medela sempre altivo na paisagem composta também por Carris de Maceira. A imensidão do vale de Maceira e o bucolismo do prado do Vidoal. A chegada à Raíz, dando-nos a sensação de entrar-mos num abrigo seguro. Depois o regresso, a descida pela encosta da Cantina e a entrada naquele bosque encantado... só lá faltaram os duendes e a fadas... ou talvez, à nossa passagem, eles se tenham transformado em mariolas e elas nas flores da montanha!
Fotografias: © Rui C. Barbosa
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sexta-feira, 29 de junho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Parque Nacional da Peneda-Gerês recebe nota máxima dos visitantes no site TripAdvisor
Certamente que estes visitantes nunca se tiveram de preocupar com as taxas e taxinhas, com as informações deficientes, com as estradas esburacadas (apesar de se pagar taxa de acesso), etc... Seria até interessante saber a que questionário terão respondido. Este tipo de certificações só serve para esconder e disfarçara verdadeira desgraça na qual se encontra o Parque Nacional.
Link to texto original.
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"O Parque Nacional da Peneda-Gerês recebeu o Certificado de
Excelência 2012 da TripAdvisor.
Avaliado com cinco estrelas, numa escala de zero a cinco, o
Parque Nacional da Peneda-Gerês obtém assim um prémio muito ambicionado na área
do turismo e que é atribuído como resultado do feedback dos visitantes.
Esta distinção junta-se, assim, aos já vários prémios
conquistados nos últimos anos, comprovando a excelência alcançada por esta Área
Protegida. A inclusão na Rede das Reservas da Biosfera da UNESCO, bem como a
obtenção das certificações PAN Parks e da Carta Europeia do Turismo
Sustentável, são provas também do aumento de qualidade dos serviços prestados
pelos promotores turísticos da região o que, por sua vez, se reflete numa
procura turística mais qualificada e sustentável.
A TripAdvisor é uma empresa cujo site é considerado o melhor
do mundo a nível de sugestões de viagens. Tem por base a opinião dos visitantes
sobre os locais de visita, hotéis e restaurantes no mundo inteiro."
Postais do PNPG (CLIII) - Banco do Ramalho
Este é um dos temas que mais encontramos nos postais clássicos sobre a Serra do Gerês ou sobre as Caldas do Gerês. O 'Banco do Ramalho' é assim chamado por ser o local de predilecção do escritor Ramalho Ortigão a quando das suas passagens pelas Caldas do Gerês.
Situado na Assureira, o local está hoje deitado mais ou menos ao abandono apesar de serem relativamente frequentes as limpezas lá feitas. Infelizmente, não consta das passagens mais frequentes de quem visita o Gerês e infelizmente não está sinalizado para visita, apesar de esta poder ser feita livremente. O local é bastante acolhedor e certamente que um arranjo urbanístico devidamente planeado poderia trazer uma mais valia às Caldas do Gerês.
Este postal datará da primeira metade do Século XX e é uma edição da Junta de Turismo do Gerês.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
Situado na Assureira, o local está hoje deitado mais ou menos ao abandono apesar de serem relativamente frequentes as limpezas lá feitas. Infelizmente, não consta das passagens mais frequentes de quem visita o Gerês e infelizmente não está sinalizado para visita, apesar de esta poder ser feita livremente. O local é bastante acolhedor e certamente que um arranjo urbanístico devidamente planeado poderia trazer uma mais valia às Caldas do Gerês.
Este postal datará da primeira metade do Século XX e é uma edição da Junta de Turismo do Gerês.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
quarta-feira, 27 de junho de 2012
O grande bruto
De tempos a tempos lá surge aqui algo que em nada está relacionado com o tema deste blogue... a vida é assim.
Hoje, dia 27 de Junho de 2012, no Diário de Notícias surgiu uma brutalidade com o título "O mundo moderninho" da autoria de Joel Neto que não conheço nem quero ter o desprazer de conhecer. Gente deste tipo não me interessa. No entanto, não posso deixar de escrever umas linhas sobre esta crónica... brutalmente ignorante.
Esta gente que gosta de touradas utiliza argumentos que para alguém a uns degraus acima do seu nível intelectual é difícil de compreender. Costuma-se dizer que nunca devemos tentar argumentar contra um idiota, pois este rebaixa-nos ao seu nível e bate-nos aos pontos. Assim, nem vou tentar desmontar o argumento da suposta "importância histórica e valor etnográfico" da tourada que a comparo à importância histórica e ao valor etnográfico de outras velhas tradições há muito esquecidas do nosso imaginário nacional.
No entanto, e por muito que tente compreender a utilização de argumentos por parte deste gente, é-me difícil entender qual o paralelismo entre os combates da Ultimate Fighting Championship (UFC) e as touradas. Ou melhor, tirando a perfeita estupidez de ambos, não vejo outros pontos de tangência. Vejamos, na UFC dois humanos lutam entre si de forma voluntária e consciente sabendo qual o possível resultado final da luta. Na tourada, um animal mal tratado antes, durante e depois da tourada, enfrenta um touro que ali está depois de ter sido espicaçado e abusado antes de entrar na arena para sofrer maus tratos e torturas que certamente mais tarde ou mais cedo lhe trarão a morte gloriosa e digna que os defensores desta barbaridade tanto apregoam num apogeu cultural sem paralelo num palco, num ecrã ou num CD deste país. Se chamar a isto é uma certa «brutalidade» é um exagero, então não sei o que será.
Talvez brutalidade seja tentar encontrar falaciosos argumentos para se tentarem convencer a eles próprios de que o que fazem é o correcto. Dizem que é legal e que pelo tal o podem fazer. Concordo que seja legal pois este país tem a tendência para manter na legalidade as coisas mais absurdas, tentando atribuí-lhes o estatuto de património imaterial ou coisa do género.
Talvez um dia, Sr. Joel Neto, encontrem a cura para a sua doença. Sua doença e de muitos outros, porque no fundo é isso o que vocês são, doentes! Da mesma forma que um pedófilo tira o prazer ao esturpar uma criança, vocês tiram o vosso prazer ao esturpar a dignidade, violentar e maltratar os animais. E isto impede-lhes o discernimento de entender que a maior preocupação daqueles que defendem os animais está no bem estar da Humanidade e como tal são capazes de se preocupar tanto com o massacre de cães na Ucrânia como na chacina dos homens, das mulheres e das crianças na Síria, bem como ter uma certa compaixão de infelizes como você, Joel Neto, que na brutalidade da sua ignorância e na limitação dos seus horizontes não percebe que de facto é um simples bruto.
Hoje, dia 27 de Junho de 2012, no Diário de Notícias surgiu uma brutalidade com o título "O mundo moderninho" da autoria de Joel Neto que não conheço nem quero ter o desprazer de conhecer. Gente deste tipo não me interessa. No entanto, não posso deixar de escrever umas linhas sobre esta crónica... brutalmente ignorante.
Esta gente que gosta de touradas utiliza argumentos que para alguém a uns degraus acima do seu nível intelectual é difícil de compreender. Costuma-se dizer que nunca devemos tentar argumentar contra um idiota, pois este rebaixa-nos ao seu nível e bate-nos aos pontos. Assim, nem vou tentar desmontar o argumento da suposta "importância histórica e valor etnográfico" da tourada que a comparo à importância histórica e ao valor etnográfico de outras velhas tradições há muito esquecidas do nosso imaginário nacional.
No entanto, e por muito que tente compreender a utilização de argumentos por parte deste gente, é-me difícil entender qual o paralelismo entre os combates da Ultimate Fighting Championship (UFC) e as touradas. Ou melhor, tirando a perfeita estupidez de ambos, não vejo outros pontos de tangência. Vejamos, na UFC dois humanos lutam entre si de forma voluntária e consciente sabendo qual o possível resultado final da luta. Na tourada, um animal mal tratado antes, durante e depois da tourada, enfrenta um touro que ali está depois de ter sido espicaçado e abusado antes de entrar na arena para sofrer maus tratos e torturas que certamente mais tarde ou mais cedo lhe trarão a morte gloriosa e digna que os defensores desta barbaridade tanto apregoam num apogeu cultural sem paralelo num palco, num ecrã ou num CD deste país. Se chamar a isto é uma certa «brutalidade» é um exagero, então não sei o que será.
Talvez brutalidade seja tentar encontrar falaciosos argumentos para se tentarem convencer a eles próprios de que o que fazem é o correcto. Dizem que é legal e que pelo tal o podem fazer. Concordo que seja legal pois este país tem a tendência para manter na legalidade as coisas mais absurdas, tentando atribuí-lhes o estatuto de património imaterial ou coisa do género.
Talvez um dia, Sr. Joel Neto, encontrem a cura para a sua doença. Sua doença e de muitos outros, porque no fundo é isso o que vocês são, doentes! Da mesma forma que um pedófilo tira o prazer ao esturpar uma criança, vocês tiram o vosso prazer ao esturpar a dignidade, violentar e maltratar os animais. E isto impede-lhes o discernimento de entender que a maior preocupação daqueles que defendem os animais está no bem estar da Humanidade e como tal são capazes de se preocupar tanto com o massacre de cães na Ucrânia como na chacina dos homens, das mulheres e das crianças na Síria, bem como ter uma certa compaixão de infelizes como você, Joel Neto, que na brutalidade da sua ignorância e na limitação dos seus horizontes não percebe que de facto é um simples bruto.
terça-feira, 26 de junho de 2012
185... metamorfose da noite no dia (Acto Terceiro)
Completa a metamorfose, o resto das sombras vão-se escondendo por entre as rochas até chegar a hora de tomarem conta de tudo. O ciclo vai-se repetir de novo... interminável, subtilmente alterável... É hora do regresso e escolhemos o bocadinho que lá deixamos ficar...
Fotografias: © Rui C. Barbosa e outros
Fotografias: © Rui C. Barbosa e outros
Postais do PNPG (CLII) - GEREZ Arredores Cascata de Leonte
A Cascata de Leonte é o motivo deste postal ilustrado colorido que data dos princípios do Século XX. Esta cascata será uma das mais conhecidas da Serra do Gerês e talvez a mais visitada por se encontrar a poucos metros da estrada que liga as Caldas do Gerês à Portela de Leonte.
Fotografia: © Rui C. Barbosa
Fotografia: © Rui C. Barbosa
domingo, 24 de junho de 2012
Geocaching fora do PNPG
O Parque Nacional da Peneda-Gerês iniciou uma guerra ao Geocaching dentro do seu território.
O Geocaching é um passatempo e desporto de ar livre no qual se utiliza um
receptor de navegação por satélite para encontrar uma "geocache" ("cache") colocada em qualquer local do mundo. Uma cache
típica é constituída por uma pequena caixa fechada e à prova de água que
contém um livro de registo e alguns objectos (canetas, afia-lápis, moedas, bonecos para troca, etc.).
Dentro da área do PNPG existem dezenas de geocaches que são um verdadeiro objectivo a alcançar por centenas de visitantes que por este motivo acorrem ao nosso único parque nacional.
Aparentemente, e como o objectivo da Direcção do PNPG é ter cada vez menos gente a visitar o parque nacional, estas geocaches são agora procuradas e removidas pelos Vigilantes da Natureza às ordens da direcção do PNPG.