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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Feliz 2008!


O blogue Carris deseja a todos os seus leitores e amigos um Próspero Ano de 2008!!!

Notas históricas (XVIII)

Carris, 29 de Setembro de 1962

Após vários anos de laboração, as Minas dos Carris e a prospecção de volfrâmio em geral, entravam em recessão com os preços e as cotações de mercado a caírem e desvalorizarem.

Em determinada fase uma das empresas sócias da Sociedade de Minas do Gerês Lda, a Mason and Barry Limited, não tem capacidade para suportar os custos inerentes aos trabalhos das minas.

Nesta altura os trabalhos nas minas já haviam sido suspensos há muito tempo estando as galerias inundadas.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

domingo, 30 de dezembro de 2007

Vandalismo nas Minas dos Carris... (Editado)

Esta entrada no blogue foi editada a 4 de Janeiro de 2008 após consultar a direcção do YouTube. Apesar de não referirem qualquer violação dos direitos de autor, decidi retirar parte do vídeo que anteriormente ilustrava esta entrada e direccionar os leitores para o vídeo original. No entanto, e como forma de assegurar acções futuras, ainda tenho a cópia dos minutos em questão que poderei ceder a quem solicitar.

Carris, 2006

Após escrever a entrada anterior neste blogue foi-me dado a conhecer algo que ao princípio não queria acreditar. Não queria acreditar por pertencer ao maior movimento de jovens existente em Portugal, capaz de reunir num acampamento nacional mais de 10000 elementos.

As imagens que podem ver a seguir são a prova de que é demasiado fácil ter uma atitude de vandalismo nas Minas dos Carris e explica na sua maior parte o estado no qual se encontram as ruínas na actualidade. As imagens mostram a destruição de uma parede no interior de uma das casas existentes nas Minas dos Carris por um grupo de jovens.

Sinceramente, espero que as autoridades competentes tomem alguma medida para de alguma forma punir os elementos que filmaram e participaram nas lamentáveis cenas que se podem assistir ao minuto 21 do vídeo disponível no seguinte endereço http://www.youtube.com/watch?v=x_pdHc1gCQ0 ...

Filhos de um deus menor...

Carris, 18 de Dezembro de 2007

Há certos aspectos da mente humana, da forma que muitos dos nossos compatriotas têm de se comportar que eu nunca irei conseguir compreender. Por muitos apelos que se façam, por muitos anúncios de televisão que se produzam, por muito que queiramos ter uma sociedade lusitana mais avançada, mais moderna, europeia, irão haver em nós aqueles pormenores que nos vão distinguir.

Queremos ter as nossas zonas e jardins limpos mas não gostamos de apanhar os dejectos do chão, queremos gozar a neve mas não trazemos connosco os sacos de plástico, gostamos de estar na praia mas não pomos no sítio certo o papel do gelado ou a garrafa de plástico, queremos ter alimentos de qualidade mas achamos mal que inspeccionem os restaurantes, queremos ter um ar puro e são mas não gostamos que impeçam que envenenem o ambiente do café, queremos ter as estradas florestais limpas mas os pais insistem em deitar fora a fraldinha com um pouco dos seus cérebros... fazemos uma caminhada na montanha e o lixo pesa toneladas, vemos umas ruínas e somos compelidos a mostrar a diarreia do nosso amor e a tornar a zona mais ruinosa... São estes os filhos de um deus menor...
Fotografias: © Rui C. Barbosa

sábado, 29 de dezembro de 2007

Outros lugares de Carris (XXXIII)

Carris, 18 de Dezembro de 2007

Um sinal por entre o nevoeiro...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Edifícios das Minas dos Carris (X)

Carris, ...anos 50

No passado dia 25 de Dezembro mostrei-vos como era o exterior da lavaria das Minas dos Carris. Hoje mostro-vos como era o seu interior.

Quem visita as velhas ruínas e desce até às antigas instalações da lavaria, é compelido a tentar imaginar o seu interior em funcionamento. As velhas paredes ajudam-nos a ter uma ideia do espaço em nossa volta, do seu volume... mas imaginar aquele volume com a maquinaria que fazia a separação do minério é um exercício muito mais difícil.

Ao compararmos o que se vê nesta fotografia com o que hoje podemos encontrar, conseguimos identificar alguns pormenores mas a destruição actual é tamanha que as ruínas acabam por se tornar um perigo para quem as visita.

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Projectos...


Carris, 28 Fevereiro de 2006

Enquanto se aguarda por uma resposta que parece tardar em chegar, vou delineando os projectos que terão como foco as Minas dos Carris em 2008. Apesar de já possuir muito material sobre as minas, ainda existem certos aspectos que merecem ser melhor estudados.

Um dos aspectos que mais me intriga neste momento é o traçado de um trilho que em tempos existiu na margem direita do Rio Homem. Na carta topográfica baseada em trabalhos de campo de 1949, este trilho só surge desde a Água da Pala percorrendo a margem do Rio Homem ao longo de alguns quilómetros e terminando um acima do Cabeço do Madorno já no princípio do Corgo dos Salgueiros da Amoreira. Curiosamente neste local estão referidas três pequenas construções que hoje em dia não são visíveis.

18 de Março de 2007

Na última caminhada até às Minas dos Carris no dia 18 de Dezembro tive o cuidado de procurar vestígios de um trilho na margem direita do Rio Homem. Em várias zonas, e nomeadamente no princípio da Encosta do Sol, é visível o que parece ser o traçado de um trilho por entre a vegetação. Convém referir que na Carta Militar, Folha 31, dos Serviços Cartográficos do Exército, não está assinalado qualquer caminho ou trilho de montanha nesta zona.

Para além de determinar o traçado deste trilho irei tentar fazer uma geo-referenciação dos edifícios das Minas dos Carris, determinar os locais de prospecção ou sondagem na Corga da Lamalonga, levar a cabo uma comparação fotográfica de vários edifícios existentes nos Carris e tentar determinar a extensão das explorações a céu aberto localizadas para lá da represa dos Carris. Outros objectivos serão a determinação e registo fotográfico de outros locais de sondagem ou exploração mineira, nomeadamente na concessão de Cidadelhe, na concessão 3213 Lomba / Cadeiró e na concessão 999-P Romião, todas localizadas na Serra do Gerês.

Fotografias: © Rui C. Barbosa

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

15 caminhadas, 15 imagens

Carris, 2007

Este ano fiz 15 caminhadas até às Minas dos Carris. São milhares de fotografias e estas 15 que aqui mostro representam uma selecção ao acaso. Sem dúvida, 2007 um ano para recordar...
Fotografias: © Rui C. Barbosa

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Edifícios das Minas dos Carris (IX)

Carris, ...anos 50

O edifício da lavaria das Minas dos Carris é ainda hoje um dos que mais impressiona os visitantes que se deslocam ao alto da Serra do Gerês. Estando entre as suas ruínas tenta-se imaginar a sua grandiosidade e a forma como operava.

A imagem em cima é, até à data, a única onde podemos ver o exterior da lavaria operacional e intacta antes da chegada dos verdadeiros dias do fim para as Minas dos Carris.

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

domingo, 23 de dezembro de 2007

Notas históricas (XVII)

Carris, 16 de Outubro de 1953

Num país onde a burocracia quase que ditava as regras do tempo, surgia mais um parecer positivo para a construção dos edíficios das Minas dos Carris por parte da Circunscrição Mineira do Norte.

Curiosa é a nota que refere que as casas a construir têm uma pequena área mas por se encontrarem numa zona de baixas temperaturas e batida por ventos a sua construção poderia prosseguir.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

sábado, 22 de dezembro de 2007

Outros dias de neve (II)

Carris, ...anos 50

Com a chegada do Inverno mais uma fotografia para recordar outros dias de neve nas Minas dos Carris. Em tempos, nevões tão intensos levavam a que o complexo mineiro ficasse isolado por várias semanas.

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Outros dias de neve.

Carris, ...anos 50

Uma das estórias que mais gostava de ouvir contar sobre as Minas dos Carris, era uma estória dobre os dias de Inverno que se viviam há muitos anos atrás. Com os invernos rigorosos da Serra do Gerês, dizía-se que os moradores de Carris tinham de se prevenir que uma grande quantidade de mantas e cobertores para poderem dormir confortáveis e escaparem ao frio extremo da serra. Fazía-se notar que as garrafas de cerveja partiam no interior das casas devido ao frio tão intenso!...

Fotografias: © José Rodrigues de Sousa

Sondagens...

Estão disponíveis no blogue duas sondagens nas quais os leitores podem votar. Estas sondagens servem para termos uma ideia do interesse que teria a criação de um museu mineiro sobre as Minas dos Carris, por um lado, e por outro saber a opinião dos leitores deste blogue sobre como deveria ser o acesso àquela zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Ambas as sondagens estarão disponíveis nos próximos 10 dias, terminando a votação a 31 de Dezembro.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Neve nos Carris (IV)

Carris, 18 de Dezembro de 2007

Este vídeo foi filmado na margem da represa dos Carris. Com o nível de água bastante baixo, a camada de gelo que se formou era bastante espessa. No vídeo observa-se o intenso nevoeiro, mas reparem na pedra que surge na imagem e no som que vai fazendo à medida que se afasta resvalando no gelo.




Vídeo: © Rui C. Barbosa

Poço da mina.

Carris, 6 de Abril de 2007

Estas duas imagens mostram perspectivas semelhantes do mesmo local. Quase cinco décadas separam estas duas fotografias que mostram a entrada para o elevador do poço principal da concessão do Salto do Lobo das Minas dos Carris.

Fotografia: © Rui C. Barbosa

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

Cristais.

Carris, 18 de Dezembro de 2007

A caminho dos Carris encontram-se obras de arte que só a Natureza as sabe fazer... cristais de gelo.

Fotografias: © Rui C. Barbosa

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Um ano de blogue...


Este blogue completa hoje um ano de edições regulares. Parabéns a todos!

Fotografia: © Rui C. Barbosa

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Balanço.

Carris, 18 de Dezembro de 2007

Não, não vamos fechar para balanço, antes pelo contrário. Ao entrar no seu segundo ano este blogue vai ter como principal objectivo criar as bases para um futuro (próximo, espero eu!) museu mineiro sobre as Minas dos Carris e sobre a actividade mineira na Serra do Gerês.

No entanto acho que esta é a altura de olhar para o ano que está prestes a findar e avaliar aquilo que foi atingido com este blogue. De todos os aspectos que me possam mais marcar neste ano de blogue, aquele me mais me impressionou foram as pessoas que tive oportunidade de conhecer ao criar este blogue. O blogue 'Carris' nasce com um objectivo, não deixar esquecer as Minas dos Carris na Serra do Gerês. Ao longo dos últimos doze meses fui conhecendo pessoas que estiveram de uma forma ou de outra ligadas a estas minas e o que mais me espanta é saber que em todo o mundo, literalmente, existe alguém que de uma forma ou de outra foi influenciado pelas Minas dos Carris.

O trabalho que aqui é desenvolvido não seria possível sem alguma dedicação, mas seria impossível sem a ajuda de muitos colegas e amigos que me acompanharam nestas 114 caminhadas a Carris. Algumas delas foram solitárias, mas sem o apoio deles nada disto seria possível.

Nos últimos meses foram reavivadas memórias, abertos velhos livros, descobertos segredos, escritas muitas linhas sobre Carris. O blogue aproxima-se das 9000 visitas e muitos vêm cá à procura de informações sobre as velhas minas na Serra do Gerês, outros enganados à procura de um autocarro. Conversamos muito sobre as proibições, escrevemos sobre os desafios e tentamos antecipar um futuro no qual as Minas dos Carris pudessem ser um exemplo de como em Portugal o ouro negro marcou toda uma geração.

Nas caminhadas encontramos outros grupos, muitos grupos... Uns vão pela curiosidade, outros pelas minas, outros pelas montanhas... alguns energúmenos, não tão poucos, vão pelo vandalismo... porque se pode destruir sem respeitar nada nem ninguém... ao fim e ao cabo não passam de velhas ruínas abandonadas.

Questionamos o papel do Parque Nacional da Peneda-Gerês que nos observa. Fomos aconselhados a não organizar as nossas Caminhadas Históricas... respeitamos. Soubemos de outros que não o terão feito e das estórias de alguns que sofreram por tabela. Acho que o Parque Nacional pode fazer mais, mas muitíssimo mais pela História das Minas dos Carris... Pode não ser uma prioridade, mas o tempo urge e é necessário fazer alguma coisa, deitar para trás a ignorância de alguns e tirar proveito da vontade de outros...

Tentamos escrever a História. Visitamos memórias, imagens do passado e observamos as profundezas da Terra... Ficamos maravilhados com velhas fotografias que vieram do outro lado do mar, do outro lado do mundo...

Queremos avançar mais e criar uma memória permanente dos trabalhos de há 50 anos na Serra do Gerês. A vontade é muita e o ímpeto é grande... só queremos que nos deixem avançar...

Passou um ano desde a primeira entrada nesta blogue a 19 de Dezembro de 2006... e não me apetece nada, mas mesmo nada parar por aqui... Estão prontos para mais um ano?

Fotografia: © Rui C. Barbosa

Neve nos Carris (III)

Carris, 18 de Dezembro de 2007

O caminho para as Minas dos Carris transformara-se já num tapete branco no qual por vezes era difícil de caminhar.



Vídeo: © Rui C. Barbosa

Neve nos Carris (II)

Cabeço do Madorno, 18 de Dezembro de 2007

Ao descer dos Carris a queda de neve aumentaria de intensidade. Ao chegar ao sopé do Modorno um manto branco começava já a instalar-se nas encostas da Serra do Gerês...



Vídeo: © Rui C. Barbosa

Neve nos Carris

Carris, 18 de Dezembro de 2007

Preparando a chegada da neve. As Minas dos Carris envoltas num espesso nevoeiro com o chão já coberto com uma fina camada de gelo... dento de minutos começaria a nevar intensamente.



Vídeo: © Rui C. Barbosa

114!

Carris, 18 de Dezembro de 2007

Uma boa forma de comemorar o 1º aniversário deste blogue a 19 de Dezembro foi a realização da minha 114ª caminhada às Minas dos Carris.

Com os dias frios e previsão de neve acima dos 700 metros, a expectativa pelo primeiro nevão da nova época era grande e os nossos desejos foram concretizados. Ficam algumas fotografias...

Fotografia: © Rui C. Barbosa

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Notas históricas (XVI)

Carris, ...anos 40

Quem hoje completa os quase 9 km que separam a ponte sobre o Rio Homem, perto da Portela do Homem, e as ruínas do antigo complexo mineiro dos Carris, dificilmente conseguirá imaginar que há três décadas atrás ainda se conseguia chegar ao topo da Serra do Gerês utilizando automóveis.

Nos primeiros anos o transporte do material para as Minas dos Carris era feito à força de ombros, tendo-se mais tarde prolongado a estrada até ao futuro local onde seriam erguidos os edifícios de apoio à actividade mineira. Com a estrada em bom estado, era possível chegar aos Carris todo o transporte de material pesado em camiões.

Com o abandono das minas a estrada foi-se degradando tornando-se hoje um verdadeiro calvário para quem sobe tanto a pé como de viatura oficial... Nos nossos dias um veículo todo-o-terreno demorará quase tanto tempo a percorrer aqueles 9 km como um visitante a pé. Por um lado esta situação é bastante preocupante pois em caso de acidente o socorro rápido é impossível.

Fotografia: © José Rodrigues de Sousa

Edifícios das Minas dos Carris (VIII)

Carris, 18 de Março de 2007

Aos poucos vamos folheando um livro que nos conta a História das Minas dos Carris. Vamos conhecendo os pequenos pormenores, conhecendo as pessoas, as casas, os caminhos, os dias passados na montanha, os dias de trabalho, de lazer... enfim, aos poucos vai-se conseguindo reunir todas as peças de um puzzle misturado à muitos anos...

No entanto Carris sempre terá os seus mistérios... as suas ruínas ficarão para sempre com algumas estórias, alguns segredos por contar...

Ao tentar descobrir qual a função de alguns dos edifícios das Minas dos Carris, podemo-nos deparar com ruínas cuja função nos é totalmente desconhecida. Esta base em alvenaria está situada por detrás das quatro casas que saúdam os visitantes dos Carris logo ao final do caminho. Possivelmente seria um armazém, mas não existe qualquer planta deste pequeno edifício para que nos possa ajudar a visualizar a sua forma de há 50 anos atrás.

Fotografia: © Rui C. Barbosa